Em outubro a Usina Machadinho repassou R$ 4,6 milhões a título de compensação financeira |
Por Jaime Telles
O Brasil convive com um calendário inflado de feriados, muitos deles criados sob circunstâncias históricas legítimas, mas que hoje representam barreiras à produtividade, à logística e ao funcionamento contínuo da economia, enquanto reivindicações pontuais nos deixam à mercê da criação de novos feriados. Quanto aos religiosos, não se trata de afronta, já que o cenário se tornou muito mais plural.
É hora de optar por celebrações sem fechamento, desvinculando a ideia de descanso, pois nada têm a ver. É preciso distanciar da cultura da preguiça, que não justifica e nem dignifica o exagerado apego à folga, como se o trabalho fosse atividade relacionada a castigo. Tanto que a modernidade e as mudanças de hábito redefiniram a dinâmica das atividades noturnas, antes restritas aos grandes centros.
Ciente de possíveis implicações do princípio da “cerca de Chesterton”, defendo um modelo que mantenha poucas datas nacionais e converta as demais em celebração sem paralização das atividades, quando a folga interessa mais do que a causa.
Simples: que o expediente comece com proveitosos 30 minutos de informação e reflexão sobre o assunto ou pessoa que antes ensejava feriado, de forma que todos tenham ciência dos motivos que inspiraram ou justificaram o diferencial da data, e que logo em seguida todos iniciem suas atividades com suas mentes abastecidas por informação útil, publicada oficialmente pelo ente responsável pelos atos administrativos do Executivo — quer seja União, Estados ou Municípios. Assim, os pontos facultativos também perderiam sentido e deixariam de existir.
Quiçá esta pauta mereça debate público e se transforme em uma política moderna e equilibrada, visando maior produtividade e real apego ao trabalho e a todos os valores que o norteiam.
Senhores legisladores, ao trabalho!
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