Prefeitura de Capinzal entrega veículo à Associação dos Pais e Amigos dos Autistas (AMA) |
Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos Jornalista (MT/SC 4155)
Primeiramente, a música brasileira se revela fértil em revelar talentos que se perpetuam por gerações, e a família Mendes se constitui em exemplo vívido desse fenômeno.
Formada por José Mendes, o patriarca que abriu caminho nos anos 1960, com sua voz marcante e repertório voltado às raízes gaúchas; Roberto Mendes, o irmão que encontrou sua identidade na música; e Júnior, dois herdeiros da sensibilidade melódica da família e ativos na produção musical contemporânea, essa linhagem representa a continuidade de “performance” musical comprometido com a formosura artística e com a alma do Brasil.
De outro vértice, José Mendes foi um músico que marcou época. Nascido no Rio Grande do Sul, ficou conhecido por canções que refletiam a cultura do sul do país, mas que também tocavam temas universais como amor, saudade e justiça. Sua voz e suas letras singelas, no entanto profundas, tornaram-no ícone da música regional e popular brasileira.
Com discos que venderam milhares de cópias e apresentações marcantes em rádios e televisão, José não apenas conquistou o público, como também inspirou músicos a valorizarem suas raízes. Sua canção maravilhosa, “Coisas do Sertão”, configura-se em clássico que permanece no imaginário afetivo de muitas gerações.
Na sequência dessa trajetória, Avulta seu irmão Roberto e, depois, Júnior, que representa outra geração dessa família musical. Júnior traz consigo o legado do pai, com o mesmo talento.
N produção musical dos dois verifica-se ecos das influências familiares, mas também identidade própria, construída com base em pesquisa, experimentação e profundo respeito pela música como arte.
À guisa de exemplo, “Prece”, de Júnior, e “Encontrei a Gaita Velha”, de Roberto, emocionam os fãs de José.
A história dos Mendes mostra que a boa música é, muitas vezes, uma herança afetiva e cultural. Mais do que compartilhar um sobrenome, José, Roberto e Júnior compartilham uma visão de mundo onde a música é uma forma de expressão sincera, uma ponte entre passado e futuro, uma linguagem que conecta lugares e sentimentos.
Essa família nos lembra que, em tempos de efemeridade e consumo acelerado, ainda há espaço para canções que emocionam, que dizem algo, que fazem pensar.
Em epítome, a boa música da família Mendes é, antes de tudo, um convite à escuta atenta, à valorização da cultura brasileira em sua pluralidade e à celebração da arte como legado que se transmite não apenas pelo sangue, mas pelo amor à criação.
Por final, vale trazer à colação verso entoado por Roberto na canção “Encontrei a Gaita Velha”: “(...) até parece que estou vendo José Mendes, meu irmão.”
O TEMPO jornal de fato desde 1989:
https://chat.whatsapp.com/IENksRuv8qeLrmSgDRT5lQ
https://www.facebook.com/aldo.azevedo.5/
https://www.facebook.com/otempojornaldefato/
O Tempo de fato (@otempojornalfato) - Instagram
https://www.youtube.com/@otempojornaldefato

Deixe seu comentário