Por Luiz Carlos Amorim - Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor – Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, completando 45 anos de trajetória em 2025, editor das revistas SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA e ESCRITORES DO BRASIL, Cadeira 19 na Academia Sulbrasileira de Letras e cadeira 19 da Academia Desterrense de Literatura. http://luizcarlosamorim.blogspot.com/
Anteriormente, em uma outra crônica de inverno, comentei sobre os pessegueiros em flor, que embelezam e perfumam o inverno. Chegando à Serra Gaúcha no auge do inverno, não pude deixar de notar as cerejeiras japonesas, fechadas de flores, belíssimas, um espetáculo fenomenal.
Os pessegueiros também estão começando a florescer, mas não dá pra comparar com as cerejeiras japonesas, que ficam com os galhos todos cobertos de incontáveis flores, apenas flores, desaparecendo quase todas as folhas. São ilhas de cores faiscando luz, várias delas, que em Nova Petrópolis há muitas. Elas não dão frutos, não tem perfume como as flores de pessegueiro, mas estão plantadas em locais estratégicos, como praças e jardim, espalhando beleza e cor.
Elas estão lá, o ano todo, preparando o cenário para esta época, quando a natureza explode em milhares de pétalas vermelhas, alaranjadas, cor-de-rosa... É um espetáculo só comparado à florada dos ipês e dos jacatirões. A diferença é que as baixíssimas temperaturas não prejudicam as flores das cerejeiras japonesas.
E já que estamos falando de resistência a geadas, não posso deixar de mencionar um fato que me foge à compreensão. Na casa do meu sogro há uma cadela grande, eu diria enorme, uma rotweiller chamada Aphrodite, de oito anos, que se ficar em duas patas, é maior que eu. Até aí, tudo bem. A raça é grande, ela está quase gordinha, mas o fato é que ela tem um canil onde fica bem protegida do frio, no entanto, nestes dias quando a temperatura, à noite, no começo da madrugada e de manhã tem ido a quase zero grau, nós a temos visto dormir ao relento, enrodilhada sobre o gramado.
Eu não consigo entender como ela sobrevive a temperaturas tão baixas, uma vez que o seu pelo é curto e ela nem está tão gorda assim. Na primeira noite que passei aqui, eu a vi lá fora dormindo e fiquei esperando amanhecer para ver se ela não estava morta. Não estava. No dia seguinte, mesma coisa.
Hoje, são quase dez horas da noite, lá fora a temperatura já é menos de oito graus e acabei de vê-la deitada no gramado, com apenas parte de galhos de um pé de canela alguns metros acima da cabeça dela. Não sei quanto será a temperatura mais tarde, mas sei que amanhã de manhã ela estará lá, viva, para eu passar a mão na cabeça dela. E os campos em volta estarão brancos de geada.
Se alguém souber explicar isso, por favor, queremos saber.
Luiz Carlos Amorim
Fundador e presidente do Grupo Literário A Ilha em SC, com 45 anos de atividades e editor das Edições A Ilha, que publicam a revista Suplemento Literário A Ilha, a revista ESCRITORES DO BRASIL e mais de 100 livros editados. Eleito Personalidade Literária pela Academia Catarinense de Letras e Artes. Ocupante da cadeira 19 da Academia Sul Brasileira de Letras e também cadeira 19 da Academia Desterrense de Literatura. Editor do portal Prosa, Poesia & Cia. Mantenedor do portal PROSA POESIA E CIA: Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br e autor de 35 livros de crônicas, contos, poemas, infanto-juvenil, história da literatura, três deles publicados no exterior. Blog: http://luizcarlosamorim.blogspot.com/
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