Capinzal: Obra na Estrada da Linha Residência Avança com Ajustes Técnicos Finais |
Prof. Evandro Ricardo Guindani Universidade Federal do Pampa - Unipampa
Por que buscamos religiões? Por que vamos a uma igreja? Por que ? Nos sentimos incompletos? Nos sentimos fracos? Precisamos de explicações que não encontramos na vida real e concreta ?
A resposta para todas essas perguntas é o que explica o fato de precisarmos de crenças para viver. Mesmo que não sejam religiosas, mas todos buscam se apegar em algo para viver o seu dia-a-dia.
Como já citei em reflexões anteriores, muitos filósofos já nos explicaram um pouco sobre essa necessidade do ser humano. O filósofo alemão Feuerbach, em seu livro: “A essência do cristianismo”, vai nos dizer que buscamos “Deus” quando nos sentimos fracos, quando sentimos medo, insegurança. E aqui eu complemento: quando sentimos carência, falta de amor, quando somos violentados, quando sofremos, quando perdemos a esperança, quando não encontramos mais sentido para a vida nas coisas do nosso dia-a-dia...
Desde criança eu ouvia de minha familia que precisava ir à missa para cumprir com obrigação de cristão e católico. E aquilo nao fazia sentido para mim, mas eu ia, repetia o comportamento dos meus pais. E claro que aos poucos fui gostando e consegui sim fazer um processo de experiencia religiosa maravilhosa, que culminou com minha saída do seminário em 1997. Sim, eu desisti de ser padre a partir de um retiro de 30 dias de silêncio. Em profundo estado de meditção, vivenciei uma experiência profunda de amor cósmico, por alguns dias me senti parte do universo, e senti que aquela experiência religiosa era uma experiência de sentido da vida. Eu sempre ouvia falar que “Deus era amor”, mas nunca entendia. Sempre aprendi em casa, que “Deus” era um velho de barba branca que precisava de nossas orações para nos cuidar. Senti, no mais profundo do meu ser que tudo aquilo que aprendi desde a infancia era uma mentira , me libertei do fato de que eu estava predestinado a ser padre. E a partir de então percebi que a ideia construida de “Deus” era uma ideia muito abstrata, muito distante.
Por isso, como educador, digo que precisamos de espaços sociais e lideranças que ajudem as pessoas a vivenciarem o a experiência do sentido da vida, a experiência do amor. Não precisamos de discursos, de pregações, de leis e regras morais, precisamos sentir o amor das relaçoes humanas.
E a experiência do sentido da vida não significa necessariamente experiência religiosa dentro de uma igreja, mas sim, por meio da arte, esporte, cultura...
Com tantas lideranças religiosas falando absurdos, as vezes penso que precisamos libertar nossas crianças desses espaços de fanatismo e violência psicológica!
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