Presidente avalia Alesc Itinerante na Serra: foco em propostas de interesse da região |
O legado que a minha geração deixa para meus filhos e meus netos
CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE
Quanto tempo nós temos para reagirmos? Segundo os pesquisadores algo em torno de dez anos. Se não fizermos nada, vamos ter que conviver com rupturas, empresas vão desaparecer devido à falta de energia o que acarretará em milhões de desempregados.
Hoje, possuímos uma frota veicular de oitocentos milhões de automóveis podendo chegar a dois bilhões em 2050. O nosso estilo de vida deverá ser mudado, como: compras on-line, andar a pé ou de bicicleta, usar coletivos urbanos eficientes sem o atraso de horários, reciclagem de eletroeletrônicos ( que em nossa cidade já existe o projeto descarregue suas pilhas na escola); estes são alguns dos desafios que vamos ter que vencer para a sustentabilidade da vida.
Haverá redução do PIB devido ao aquecimento global, hoje o PIB tem um crescimento de 2,5% ao ano. Metade da população vive com menos de dois dólares/dia o que corresponde a três bilhões de pessoas.
Temos que pagar hoje para não sofrermos no futuro. A produção de petróleo declinará. A elite intelectual e a elite científica terão que trabalhar juntas para vencer barreiras, pois senão ficaremos na linha do horizonte.
Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) da ONU, sobre picos de emissão de gás carbônico, no ritmo que estamos mudando nossa atmosfera, os números continuam subindo, mais de 380 ppm ( partes por milhão ), até 2020 chegaremos a 450 ppm, elevando-se a uma taxa de crescimento de aproximadamente 2% ao ano.
Precisamos, urgentemente, reduzir as taxas de emissão de gás carbônico na atmosfera, mudar dramaticamente a nossa trajetória usando energias renováveis como a industria solar, que teve um crescimento de 47 % no Japão, China e na Alemanha; como exemplo edifícios que possuem placas em suas coberturas para capturar a energia solar, passando de consumidores de energia a fornecedores ; energia eólica levando parques eólicos mar a dentro, pois temos mais de oito mil quilômetros de costa marítima; bioenergia, como a nossa cana de açúcar, processamento de etanol.
Nos EUA o biodiesel representa apenas 1% das energias renováveis, o problema dos EUA comprar álcool do Brasil é que tem água no álcool e quase todos os carros são a diesel e a conversão é complicada. Lá 90% do biodisel é feito da soja, agora eles partiram para a gordura animal, evitando competir com a produção de alimentos Eles usam os subprodutos da criação de bagres ( cat-fish ) para a produção do biodiesel. As usinas deste produto se instalam perto das empresas fornecedoras da matéria prima, como é o caso das fábricas de batatas frita, onde existe o fornecimento do óleo da fritura. Os resíduos finais do processamento do biodiesel são todos queimados.
Estamos passando por um momento especial da nossa história ? ponto de mudança? , a revolução energética, pois a captura do seqüestro de carbono vai demorar muito a ocorrer, aproximadamente até o ano de 2020.
Segundo o ultimo encontro da ONU dos Países do G8 + 5, chegou-se a conclusão que necessitamos de um investimento na ordem de vinte e dois trilhões de dólares para mudarmos os sistemas energéticos atuais. Os países europeus se comprometeram em usar 2% de biocombustíveis até 2020. Eles vão ter que importar para cumprir o compromisso. O desafio é assegurar o alimento sem faltar combustível, pois são países que não possuem mais fronteiras agrícolas para expandir, ocupam toda a área para a produção de alimentos, aí é que entra o Brasil e os países que estão entre as linhas dos trópicos, que além de possuir extensas áreas para a produção de biocombustível o clima é favorável.
Necessitamos melhorar a quantidade e a qualidade de nossas vidas, pois vivemos num dilema (destruição prócriativa). O problema tem que ser descentralizado, nas indústrias, nas casas e nas pessoas. O conhecimento é distribuído na sociedade de cima para baixo, esta não é a forma correta e sim descentraliza-lá. Vivemos em uma inércia, necessitamos reduzir 50% o consumo de energia e termos a ecologia como um bem público. Calcula-se um aumento no consumo de água até 2025 em 22%, não adianta fornecer água e não ter um tratamento de esgoto, pois está se induzindo a contaminação. Gasta-se com saúde e não se gasta em saneamento a sociedade precisa cobrar.
Os produtos verdes necessitam ser mais acessíveis, convenientes e atraentes, aumentando assim a probabilidade de procriação. Alinhar o verde com a ganância, vender o verde baseado com a ganância, justificar que estão fazendo o bem (ecolucros).
UTILIDADE = BENEFÍCIO - PREÇO. É inconcebível o corte de arvores na amazônia e na mata atlântica que representa 35% de cobertura vegetal em nosso estado, sem a reposição florestal. Pois as arvores são as únicas que conseguem capturar o gás carbônico.
Existem problemas de adaptação. Você, eu e a empresa. Necessitamos criar centros de capital humano e intelectual para resolvermos os problemas. O problema é do setor privado, das pessoas e das empresas. Não há uma bala de prata ou uma solução milagrosa. Temos que gastar menos água e energia, como exemplo, calçadas que não impermeabilizam 100% o solo, paredes divisórias de plástico que armazenam água da chuva, como cisternas.
O uso de biodigestores, no Peru, é um exemplo muito interessante a ser seguido, pois no Brasil ainda não existe Legislação específica sobre o assunto. O gás metano produzido pela suinucultura que é armazenado em câmaras de pneus, porque não podem pagar os altos custos dos equipamentos e usam os próprios gases nos fogões e nas lâmpadas de luz de suas casas, através de mangueiras plásticas.
A responsabilidade ambiental nestes novos tempos deve ser pensada em todos os aspectos da operação. Trata-se de eliminar impactos ambientais no conjunto da cadeia de negócios, de desenvolver produtos e serviços que ajudem os consumidores a reduzir o próprio dano ecológico e a melhorar a qualidade de vida, além de incentivar padrões responsáveis de consumo.
O município que possui CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO DA AGENDA 21, estruturados podem receber delegações do Estado para auxiliar nas questões ambientais locais, sem precisar se preocupar com os órgãos ambientais superiores hierarquicamente. (Municipalização do Meio Ambiente).
Deixe seu comentário