logo RCN
O TEMPO jornal de fato

Jesus foi simplesmente humano

Prof. Evandro Ricardo Guindani Universidade Federal do Pampa - Unipampa

Neste período em que os países cristãos comemoram a Páscoa, gostaria de falar deste certo sujeito chamado Jesus, não a partir da teologia, mas da ciência histórica. A teologia cristã parte da ideia de que a Bíblia é um conjunto de livros sagrados. A ciência histórica entende que se trata apenas de mais um livro adotado por uma religião dente tantos outros como a Torá, Vedas, Alcorão, etc...

Dentro da ciência histórica não há provas materiais da existência de Jesus, mas sim fortes evidências a partir de relatos encontrados. Por outro lado, a possível existência dele não pode ser confundida com aquilo que a Bíblia apresenta. Relatos históricos revelam que Jesus veio romper com a religião institucionalizada, se dizia um profeta dos novos tempos, e como ele, existiam muitos outros.

Uma primeira grande ruptura promovida por Jesus foi entre aqueles que se diziam estar mais próximos de Deus, os frequentadores da Sinagoga. Você sabe por que Jesus os chamou de fariseus? Porque eles colocavam as leis e as regras religiosas acima da vida, acima do amor, acima da compaixão...

Jesus apresenta uma nova concepção do Deus judaico para seus seguidores, um Deus que é simplesmente Amor, que coloca a vida acima da lei. Um Deus que substitui a violência pelo amor e perdão. Jesus foi alguém que se aproximou daqueles que estavam à margem, nas periferias como doentes, prostitutas, pobres esquecidos...

Portanto, penso que os cristãos deveriam hoje, olhar mais para esse Jesus histórico, e deixar um pouco de lado esse Jesus “divino” construído por lideranças religiosas da época, que de certa forma, viram naquele profeta, uma ótima oportunidade para criar uma nova religião.

Historiadores que analisam os poucos pergaminhos que deram origem à Bíblia, identificam inúmeras incoerências nas traduções daquilo que supostamente Jesus tenha falado. Uma delas, é o fato de que Jesus teria fundado uma igreja. Não! Historicamente não tem nenhuma evidência disso. Isso foi fruto de inúmeras versões de traduções e compilações de textos criados a partir de relatos. A tal “ressurreição” de Jesus não possui nenhuma evidencia histórica, não passa de crenças difundidas por algumas pessoas, que ganharam uma proporção enorme, e por isso fizeram parte de alguns textos bíblicos.

Então, você que acredita que Jesus voltará, sinto muito, é uma crença muito frágil, e provavelmente se ele voltaria, jamais entraria numa igreja, seja ela católica, evangélica, etc... Ele estaria em lugares que você jamais imaginaria. Para entender isso, basta você estudar o cristianismo na perspectiva histórica e não teológica.

Então, se quiser celebrar essa Páscoa, faça uma reflexão sobre a humanidade de Jesus e não apenas bata cartão na sua igreja!


Neste período em que os países cristãos comemoram a Páscoa, gostaria de falar deste certo sujeito chamado Jesus, não a partir da teologia, mas da ciência histórica. A teologia cristã parte da ideia de que a Bíblia é um conjunto de livros sagrados. A ciência histórica entende que se trata apenas de mais um livro adotado por uma religião dente tantos outros como a Torá, Vedas, Alcorão, etc...

Dentro da ciência histórica não há provas materiais da existência de Jesus, mas sim fortes evidências a partir de relatos encontrados. Por outro lado, a possível existência dele não pode ser confundida com aquilo que a Bíblia apresenta. Relatos históricos revelam que Jesus veio romper com a religião institucionalizada, se dizia um profeta dos novos tempos, e como ele, existiam muitos outros.

Uma primeira grande ruptura promovida por Jesus foi entre aqueles que se diziam estar mais próximos de Deus, os frequentadores da Sinagoga. Você sabe por que Jesus os chamou de fariseus? Porque eles colocavam as leis e as regras religiosas acima da vida, acima do amor, acima da compaixão...

Jesus apresenta uma nova concepção do Deus judaico para seus seguidores, um Deus que é simplesmente Amor, que coloca a vida acima da lei. Um Deus que substitui a violência pelo amor e perdão. Jesus foi alguém que se aproximou daqueles que estavam à margem, nas periferias como doentes, prostitutas, pobres esquecidos...

Portanto, penso que os cristãos deveriam hoje, olhar mais para esse Jesus histórico, e deixar um pouco de lado esse Jesus “divino” construído por lideranças religiosas da época, que de certa forma, viram naquele profeta, uma ótima oportunidade para criar uma nova religião.

Historiadores que analisam os poucos pergaminhos que deram origem à Bíblia, identificam inúmeras incoerências nas traduções daquilo que supostamente Jesus tenha falado. Uma delas, é o fato de que Jesus teria fundado uma igreja. Não! Historicamente não tem nenhuma evidência disso. Isso foi fruto de inúmeras versões de traduções e compilações de textos criados a partir de relatos. A tal “ressurreição” de Jesus não possui nenhuma evidencia histórica, não passa de crenças difundidas por algumas pessoas, que ganharam uma proporção enorme, e por isso fizeram parte de alguns textos bíblicos.

Então, você que acredita que Jesus voltará, sinto muito, é uma crença muito frágil, e provavelmente se ele voltaria, jamais entraria numa igreja, seja ela católica, evangélica, etc... Ele estaria em lugares que você jamais imaginaria. Para entender isso, basta você estudar o cristianismo na perspectiva histórica e não teológica.

Então, se quiser celebrar essa Páscoa, faça uma reflexão sobre a humanidade de Jesus e não apenas bata cartão na sua igreja!

Jesus foi simplesmente humano Anterior

Jesus foi simplesmente humano

Descobertas Bíblicas Próximo

Descobertas Bíblicas

Deixe seu comentário