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Histórias da Terra XV

Pela Professora Evani Marichen Lamb Riffel

      Caro leitor/a, cabe aqui uma introdução do tema “Histórias da Terra”, narrando e recontando histórias de nossa querida Terra Capinzal nos tempos de dantes, em capítulos e curiosos.

Em epítome, Distrito de Rio Capinzalsua colonização, velhos usos e costumes; Rio Capinzal, a epopeia de um povo; livros escritos pelo memorável advogado, escritor e historiador Vitor Almeida, nato capinzalense. Livros estes que abro para releitura de textos que remetem à formação cultural da nossa querida terra de Capinzal. As contribuições vêm desde os tempos de Campo Bonito. Tempo em que nossa Terra era mata densa, passagem de tropeiros e morada de indígenas.

Vitória, vitória... lá vem a história... A saudar memórias...da Terra!!!

A HISTÓRICA NEVASCA EM CAPINZAL

...20 de agosto de 1965

...O dia amanheceu com um vasto tapete branco natural sob o olhar admirado dos capinzalenses.

      Uma nevasca incomum se fez ver em Capinzal e região ao amanhecer do dia 20 de agosto de 1965. Cobriu os telhados das casas, arcou as árvores que perderam o verde e se vestiram de grossa camada da gelada neve que caiu silenciosa e noturna, cobriu tudo em uma “alvura transcendental,

a cor branca reinava como senhora única” na paisagem a se vislumbrar, como disse o historiador Vitor Almeida.

      Foi esta a única nevasca digna de encanto e comentários admirados dos cidadãos que a presenciaram, sendo que têm registros de neve em Capinzal também no ano de 1945, mas totalmente inexpressiva em relação a nevasca de 1965. Diga-se de passagem, que o peso da neve que caiu nessa data danificou fios elétricos e de telefonia, quedou árvores, e a própria flora, a floresta precisou de tempo para se reconstituir.

-Nesta releitura, leitor/a acrescento um acontecimento da vida nossa, fatalmente ocorrido no contexto dessa história:

       Meus pais, descendentes de imigrantes colonizadores alemães, moravam em Piratuba, município vizinho de Capinzal, onde também ocorreu o mencionado fenômeno meteorológico da nevasca. Aconteceu dia 19 de agosto de 1965... Minha mãe Olívia Luersen Lamb entrou em trabalho de parto de seu décimo primeiro filho/a no Hospital Beneficiente de Piratuba. Nesta noite, uma chuva intensa, temporal, enchente, queda de energia, apagão total e Olívia sem seu médico presente, acompanhada pelas enfermeiras que auxiliaram no parto que trouxe à vida uma bebê menina. Mas infelizmente a mãe não resistiu, uma hemorragia interna foi a causa apontada. Meu pai Emílio Lamb teve tempo de chegar no hospital e ouvir as últimas palavras, (na língua alemã), da esposa:

 - Emil, pass gut auf unsere kinder auf, (Emílio, cuide bem de nossos filhos).   

      Foi em 20 de agosto, sob forte comoção e intensa nevasca que Olívia Luersen Lamb, no velório em casa, recebeu em fila o último beijo de cada um de seus 10 filhos, guiados pelo pai no gesto de despedida... E uma pequena órfã de mãe que foi criada pelas irmãs mais velhas. Ela completa nesta data 60 anos.

      ... Em Capinzal, 20 de agosto de 1965, a paisagem local, realmente diversa do normal levou pessoas a admirá-la e fazer bonecos de neve, deixando belos registros fotográficos como lembrança!

Referência: releitura do texto e ilustrações na p. 350 do livro: Rio Capinzal: a epopeia de um povo/Vítor Almeida.

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