logo RCN
O TEMPO jornal de fato

O FOLCLORE CATARINENSE

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e revisor, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 44 anos de trajetória. http://luizcarlosamorim.blogspot.com/

Folclore é uma coisa muito séria. É tradição é cultura, entretenimento e conhecimento. No dia 22 de agosto, comemora-se o Dia do Folclore no Brasil. E se há uma coisa em que o Brasil é rico, é em folclore. E, como o folclore é um ramo da nossa cultura que não depende dos governantes, ele se mantém, cultivado em pequenos grupos, pequenas comunidades, em escolas, igrejas, associações, etc.

O folclore brasileiro é rico e diversificado, porque resulta da mistura de vários povos – dos indígenas, que habitavam essas terras tupiniquins, dos luso-açorianos, dos italianos, dos alemães, dos poloneses, nossos colonizadores, principalmente aqui no sul e até do negro, o africano que foi trazido para cá contra a sua vontade.

Da miscigenação de nossos colonizadores e do índio, originário deste chão, temos um folclore riquíssimo, com figuras mitológicas que permeiam toda a cultura de nosso povo. Figuras essas como o Boitatá, o Caipora, o Lobisomem, a Mula-sem-cabeça, o Cuca, o Saci Pererê e outras mais. Isso sem falar da Bernunça, a baleia que foi incorporada com muito sucesso ao Boi de Mamão, tradicional em Florianópolis e região, e nas bruxas que povoaram a Ilha de Santa Catarina e parte do continente, mais uma característica da cultura açoriana.

Aliás, em Florianópolis a cultura teve mais influência açoriana, porque os luso-açorianos vieram direto para cá, para dar continuidade à colonização portuguesa. As manifestações folclóricas da capital e arredores, ainda hoje, privilegiam danças e cantigas trazidas pelos imigrantes vindos dos Açores: a dança do Boi de Mamão, a dança do Pau de Fita e a Farra do Boi, que por lei, não deveria ser mais praticada.

As pedras na praia de Itaguaçu, na parte continental da capital, por exemplo, são a representação viva da lenda das bruxas da Ilha da Magia, conforme nos conta Franklin Cascaes, em dois livros de contos.

 

Luiz Carlos Amorim

Fundador e presidente do Grupo Literário A Ilha em SC, com 44 anos de atividades e editor das Edições A Ilha, que publicam a revista Suplemento Literário A Ilha, a revista ESCRITORES DO BRASIL e mais de 100 livros editados. Eleito Personalidade Literária pela Academia Catarinense de Letras e Artes. Ocupante da cadeira 19 da Academia Sul Brasileira de Letras. Editor do portal Prosa, Poesia & Cia. Mantenedor do portal PROSA POESIA E CIA: Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br  e autor de 35 livros de crônicas, contos, poemas, infanto-juvenil, três deles publicados no exterior.  Blog:  http://luizcarlosamorim.blogspot.com/

SÍLVIO SANTOS UM GRANDE VISIONÁRIO! Anterior

SÍLVIO SANTOS UM GRANDE VISIONÁRIO!

Trabalhadores explorados em Michigan Próximo

Trabalhadores explorados em Michigan

Deixe seu comentário