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O TEMPO jornal de fato

ELEIÇÃO E CIDADANIA!

Professor Me. Ciro José Toaldo. Voto de Cabresto!


Daqui cerca de 30 dias, estaremos tendo o pleito eleitoral de 2024. Vamos escolher os novos vereadores e prefeitos de nossos municípios. E, neste contexto, a palavra adequada se chama cidadania! Você sabe o que significa ser cidadão? E quando se exerce a cidadania?

Estamos inseridos em um contexto social, aonde muitos são egoístas e não desejam pensar no coletivo. Desta forma se submetem ao primeiro absurdo relacionado à perda do sentido em ser cidadão: indo atrás do candidato que vai dar ‘gasolina’ em troca de um adesivo no seu carro. Por mais simples que seja essa ação, torna-se, em minha visão, uma espécie de compra de voto que lembra o voto cabresto da República Velha.

Entra eleição e saímos dela com o mesmo pensamento: o que vou ganhar para votar em tal candidato? Por sua vez o candidato, sabendo que passará por isso, prepara-se em seus quatro anos de exercício no poder, para encontrar a fórmula de obter dinheiro e colocar em prática as suas mirabolantes estratégicas eleitorais! Por mais que a Justiça Eleitoral tente sucumbir às práticas de compra e venda de voto, esse será um eterno estigma presente em nosso processo eleitoral!

Mas, no cotidiano, como a cidadania funciona? Seria ela realmente necessária? Voltando ao tempo, chega-se a Idade Antiga e ao povo Grego que discutiam em praça pública (Ágora) qual era o valor da plena cidadania e, afirmavam que essa se constituía num conjunto de deveres e direitos para levar o cidadão grego ao pertencimento de sua ‘pátria’. 

Portanto, não há como separar a cidadania da prática diária, pois, desde um simples papel que se joga ao chão, chegando ao fatídico ato de vender o voto, não importando por qual valor, deixa-se de exercer o pleno conceito de ser cidadão.

Desta forma, devemos entender que uma eleição, como a que irá ocorrer em 06 de outubro, está intimamente ligada a todo o contexto da cidadania, pois, contribuir para deixar a cidade suja, ou fazer barganha com o voto, coloca-se na lata do lixo a história de mais de dois mil anos de cidadania!

Outra relação importante com a cidadania, diz respeito com a democracia, uma vez que os eleitos ao assumir o poder local, estadual ou nacional, deveriam compreender a vida em sociedade como busca concreta dos problemas da comunidade. Segundo Dalmo de Abreu Dallari: “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo”.

Quando o bem comum é colocado em primeiro lugar, o cidadão consciente vai promovê-lo e busca na construção coletiva a realização gradativa de direitos para o convívio numa sociedade justa, solidária e fraterna.

Tempo de eleição, não é momento de pensar individualmente para viver à custa do erário público, ou meramente receber vantajosos salários; este é período de enaltecer que no coletivo todos ganhar. Quando se acerta na escolha de bons gestores no Executivo Municipal e, na escolha de membros do Legislativo Municipal com cabeças abertas, toda coletividade fica fortalecida!

Infelizmente, na Terra onde resido, presenciei prefeitos e todos os vereadores sendo presos, pois fizeram da corrupção seu meio de enriquecimento ilícito. E, como essa dimensão do desvio, enganação e encenação perante o povo está virando modismo neste país. Quadrilhas são tiradas, mas com o aparato jurídico, novamente são realocadas com sua volta ao poder, infelizmente com o aval do sufrágio universal.

Pensemos seriamente que eleição é momento sublime da cidadania e da democracia, pois, voto não tem preço, apenas terá consequências!

Até o próximo! Fiquem todos com Deus!

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