Adair José Marcon

Diz uma canção que a mãe não compreende os motivos que levam o filho a sair de casa. Mas que toda mãe sabe que o filho, depois que cresce, vira passarinho e quer voar.

Alguns não se contentam em serem pardais e querem ser condor para alcançar grandes vôos e saem cedo da casa paterna.

Aos 15 anos o adolescente Adair José Marcon saiu em busca de seus sonhos. E foi através do esporte (sua grande paixão) que ele viveu intensamente seus 33 anos.

Treinou horas, dias, meses, anos ... Um estudo que ele, atleta, fez com o corpo sob o comando da cabeça apaixonada.

Soube multiplicar, triplicar o talento que Deus lhe deu. Ele bem sabia que só a arte e o talento faz imortais.

Com competência, seriedade, bravura e grande vontade de vencer, chegou atingir a meta que todo atleta almeja: Seleção Brasileira. Representou o Brasil nos jogos Pan Americanos, em 1991, em Cuba (Handebol).

Morou em diferentes recantos do país e por onde passou deixou verdadeiros amigos. Nunca se desligou da família. Era amigão da mãe e orgulho do pai.

Realizado no esporte! Rodeado de amigos! Sentia que sua missão tinha que ir além. Foi então que assumiu a vocação: professor.

O que é ser professor? É despertar o potencial criativo que habita em cada criança, adolescente, jovem, adulto.

?Ser professor é saber que o saber tem sabor?.

Ah! Isso o professor Bambam bem sabia.

Era muito benquisto na escola.

Tinha em seus pupilos, verdadeiros parceiros! Passavam horas juntos num ambiente esportivo que favorecia a harmonia: ?mente sã em corpo são?.

Professor Bambam partiu feliz e em paz.

Feliz, pois estava em companhia de centenas de adolescentes. A alegria tomava conta do ginásio de esportes.

Em paz! Pois era manso e humilde de coração.

Adair, o nosso coração é pequeno para acomodar tanta dor pela sua ausência, mas ela, aos poucos, vai se encaixando e tomando a forma do próprio coração.

Nós: sua família, seus amigos, seus conterrâneos bem sabemos que Deus te recebeu com um forte abraço dizendo: ?Este é meu filho amado?.