Município de Campos Novos assina ordem de serviço para obras de pavimentação asfáltica e drenagem |
Por Eng. Kita Xavier – Presidente do CREA-SC
A paralisação de obras públicas em Santa Catarina tem gerado impactos significativos na vida da população. Escolas fechadas, unidades de saúde inoperantes, estradas inacabadas e redes de saneamento suspensas revelam uma realidade preocupante. Além de comprometer o acesso a serviços essenciais, essa situação afeta diretamente o setor produtivo, gerando prejuízos para empresas e trabalhadores — sobretudo da construção civil.
Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Santa Catarina registra atualmente 626 obras e serviços de engenharia com algum tipo de interrupção. Desse total, 196 estão paralisados e 430 foram cancelados. Os números fazem parte de um levantamento mais amplo: nos últimos quatro anos, foram firmados contratos que somam mais de R$ 30 bilhões para a execução de mais de 12 mil obras no estado — entre as já concluídas e as ainda em andamento. Embora representem 5,18% do total, as obras com algum tipo de impedimento evidenciam falhas nos contratos públicos.
É muito recurso público envolvido. E sabemos que ele precisa ser bem gerido, com responsabilidade e compromisso com a sociedade. O CREA-SC tem se posicionado nesse tema, sempre em defesa da boa engenharia e do interesse coletivo.
Diante desse cenário, promover o diálogo entre instituições técnicas, órgãos de controle e o Judiciário é essencial. Com esse propósito, o CREA-SC realizou uma reunião com representantes do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) para tratar do assunto. Nosso objetivo é estabelecer conexões, compreender melhor as causas das interrupções e contribuir para que os recursos públicos sejam utilizados com mais eficiência e transparência.
Aperfeiçoar os processos de contratação — com empresas habilitadas conforme a nova Lei de Licitações —, fortalecer a gestão dos contratos e buscar soluções técnicas são caminhos para mudar essa realidade. Onde há engenharia bem aplicada, há obra concluída e benefício real para a população. É nesse compromisso que concentramos nossos esforços.
Obras paradas não podem ser vistas com naturalidade. Cada estrutura inacabada representa um serviço essencial que deixou de ser entregue. A engenharia está presente na vida dos catarinenses — e é por isso que seguiremos firmes: defendendo os profissionais, valorizando a engenharia e trabalhando para que os projetos saiam do papel e façam a diferença no cotidiano das pessoas.
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