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A Urgência de um Plano Nacional de Proficiência em Inglês no Brasil

Por Noel Baratieri

No Brasil, o ensino da língua inglesa é obrigatório a partir do 6º ano do ensino fundamental. O País destina cifras elevadas ao pagamento de salários e manutenção da estrutura necessária ao ensino dessa disciplina. Porém, os resultados obtidos são desastrosos e vexatórios. No ranking anual que avalia a proficiência em inglês em 116 países, elaborado pela EF Education First, o Brasil aparece na 81ª posição, ficando atrás de nações com renda per capita inferior, como a Guatemala (58ª), a Etiópia (63ª) e a Síria (77ª). Santa Catarina não se distancia dessa realidade; pelo contrário, reafirma o cenário brasileiro.

Em síntese, os gastos públicos destinados ao ensino de inglês nas escolas têm se mostrado ineficientes. Continuamos sendo um país de maioria esmagadora monoglota, uma verdadeira ilha continental isolada pela língua. No Brasil, famílias de renda elevada matriculam seus filhos desde cedo em escolas internacionais e os inserem em programas de estudos e experiências no exterior. Já os estudantes de famílias pobres têm apenas o ensino público de inglês, marcado por baixa qualidade e incapaz de promover avanços significativos na aprendizagem. Esse cenário aprofunda a desigualdade social, pois os jovens de maior renda terão acesso a oportunidades profissionais mais qualificadas.

O inglês é a língua universal e a principal ferramenta de inserção no mundo contemporâneo. A ausência de proficiência causa prejuízos severos ao indivíduo. No campo profissional, as melhores oportunidades são reservadas a quem domina o idioma. A falta de inglês implica: a) salários mais baixos; b) acesso restrito a vagas; c) dificuldade de ascensão na carreira; d) limitação no acesso a conteúdos atualizados; e) inviabilidade de experiências internacionais; f) redução da competitividade no mercado de trabalho.

Não podemos mais aceitar essa realidade. Permanecer nesse quadro significa sacrificar o futuro do País. É urgente implementar um plano nacional de melhoria da proficiência em inglês, com foco na reformulação do ensino na educação básica. Isso inclui medidas como ensino comunicativo obrigatório - centrado em conversação, interação e listening -, aumento da carga horária, professores com certificação internacional, exposição ao inglês desde os primeiros anos, intercâmbios subsidiados e fortalecimento do ensino técnico e superior, com exigência de níveis mínimos de proficiência. Também é essencial mobilizar o setor privado, estimulando programas de qualificação linguística para colaboradores.

Precisamos unir o País em torno dessa causa de interesse nacional: estabelecer metas claras, mensuráveis e permanentes de proficiência em inglês. Somente com objetivos definidos e políticas consistentes será possível avançar nessa agenda, essencial para o desenvolvimento econômico, o aumento da produtividade e a inserção dos brasileiros na arena global.


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