O Tempo / Geral / VII SIPAT da LIMGER

VII SIPAT da LIMGER aborda acidentes de trabalho e alcoolismo

Os colaboradores da LIMGER Serviços Gerais estão participando da VII Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho (SIPAT). Para atender ao grande número de funcionários que a empresa tem, a programação iniciou no dia 18 de outubro e se estende até o dia 10 de novembro, atingindo diversas cidades catarinenses, Marau, no Rio Grande do Sul, e Guarapuava, no Paraná.

De acordo com a presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Sandra Maria dos Santos, neste ano a SIPAT está focada na prevenção de acidentes de trabalho, mas também aborda o alcoolismo, um problema social que causa transtornos também na vida profissional. Em cada tarde ou noite de trabalho, a SIPAT terá rodadas de bingo e distribuição de diversos brindes para os colaboradores da LIMGER.

A abertura da SIPAT ocorreu na quinta-feira, 18, às 19h, no auditório do Colégio Celso Ramos, em Joaçaba. Na sexta-feira, 19, uma equipe formada por integrantes da CIPA e representantes da direção da empresa foram até a Perdigão, em Herval d?Oeste, onde foram realizadas palestras para os colaboradores que prestam serviço naquela empresa. No sábado à tarde, foram realizadas palestras em Joaçaba, para os colaboradores dessa cidade, Catanduvas, Água Doce e Herval d?Oeste, e em Capinzal, para os colaboradores daquela cidade.

A etapa da SIPAT foi realizada na quinta-feira, 25, quando uma equipe da CIPA foi até Taió, passar informações aos funcionários da empresa naquela região, e outro grupo realizou palestras para os colaboradores de Chapecó. O restante da programação segue abaixo.

Acidentes de Trabalho

Acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho e a serviço da empresa. Os mais comuns são quedas, cortes e ferimentos, choques elétricos, atropelamentos, corpos estranhos nos olhos e mordeduras de animais peçonhentos, entre outros.

De acordo com o engenheiro de Segurança do Trabalho da LIMGER, Jorge Dreher, que palestrou sobre esse assunto na abertura da SIPAT, ?acidentes não acontecem, eles são causados?. As causas são de dois tipos: ato inseguro, aquele provocado pelo próprio trabalhador, praticado de forma consciente, conhecendo os riscos corridos; e o causado por condição insegura, que é provocado pelo meio, quando o ambiente de trabalho oferece riscos.

Os acidentes causados por ato inseguro, normalmente são desencadeados por improvisação, desorganização, excesso de confiança, desatenção aos dispositivos de segurança e a ação sem o devido conhecimento específico sobre o que se está fazendo ou o equipamento que está usando. Para evitar acidentes de trabalho nesses casos, é fundamental a conscientização do trabalhador com a sua própria segurança e o uso adequado dos equipamentos e dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

Os EPIs servem como medida de proteção quando não é possível eliminar os riscos de acidentes de trabalho em determinados ambientes. É obrigação do empregador adquirir os equipamentos adequados e aprovados pelo Ministério do Trabalho e fornecer gratuitamente ao trabalhador, orientar sobre o uso correto, exigir o uso e cuidar da manutenção. Já o empregado deve usá-los adequadamente, responsabilizar-se por manter seus equipamentos em boas condições de uso e comunicar a empresa quando há necessidade de substituí-los.

De acordo com Dreher, a média nacional mensal de acidentes de trabalho no setor de serviços gerais é de 1,5%. A LIMGER tem uma média bem inferior a essa percentagem: 0,5%, que corresponde a aproximadamente 10, acidentes com trabalhadores por mês, num universo de aproximadamente 2,3 mil colaboradores. A media da LIMGER também está abaixo da permitida pela certificação ISO 9000, que é de 0,7%. ?Essa é uma vitória da empresa e é um sinal de que colaborador trabalha de forma consciente e fazendo uso adequado do EPI?, comemora o engenheiro.

O alcoolismo

Seguindo a linha proposta para esta SIPAT, a psicóloga Leni Sagin Perotoni falou sobre a dependência, especialmente do álcool, e a codependência, que é aquela vivida pelos familiares de dependentes. Segundo Leni, estima-se que 95% das famílias brasileiras são vítimas de dependência de álcool ou drogas.

A psicóloga explicou que são consideradas alcoólatras aquelas pessoas que bebem para suprir alguma carência. ?Bebendo, o alcoólatra pensa que fica melhor, essa é a fase do namoro dentro das fases da dependência química. Mas logo a bebida traz a depressão e a pessoa começa a ter problemas com a família e em todos os aspectos da sua vida, inclusive no trabalho?, explicou.

O alcoolismo causa muitos prejuízos morais para o dependente, como perda da higiene com o corpo, brigas na família, perda do amor do cônjuge, perda do respeito dos filhos e dos colegas de trabalho, problemas financeiros e perda da confiança do chefe. Esses prejuízos se refletem no ambiente de trabalho, pois o alcoolismo também vai causar faltas, atrasos e saídas antecipadas, acidentes no trabalho, uso constante dos serviços de saúde e afastamentos para tratamentos de saúde, entre outros.

Leni também explicou que a família fica doente junto com o dependente: os familiares sofrem com a codependência. ?Codependente é quem convive com o dependente, e em função disso altera o seu comportamento buscando controlar o familiar doente. Ele sofre junto com o dependente e também precisa de ajuda?, explicou, dizendo que o codependente pode desenvolver outros tipos de dependência e problemas psicológicos em função disso.

As conseqüências da dependência e da codependência se refletem também nos filhos. ?Desde que está no útero, um filho já é codependente se o pai ou a mãe é dependente?. Segundo Leni, filhos de dependentes vão desenvolver problemas psicológicos como baixa auto-estima, auto-piedade, perfeccionismo, controle, depressão, confusão, ansiedade, culpa, vergonha, raiva e rejeição.

Para evitar ou resolver todos esses problemas que afetam os codependentes e ajudar também a própria pessoa doente, é essencial que a família busque ajuda e se envolva no tratamento do dependente. ?Quando a família busca ajuda, muitas vezes, mesmo que não esteja se tratando, o dependente consegue a sobriedade em função de a família estar em tratamento?, diz Leni.

Programação da VII SIPAT

Dia 25 de Outubro ? Quinta-feira

- Cidade ? Taió

Local ? Auditório Perdigão

Horário ? 14h

- Cidade ? Chapecó

Local ? Sindicato dos Bancários

Horário ? 18h

Dia 26 de Outubro ? Sexta-feira

- Cidade ? Campina da Alegria

Local ? Auditório Celulose Irani ? Campina Alegria

Horário ? 14h30