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Ocesc: questões ambientais e agronegócio em 2008

Ocesc: questões ambientais definirão o desempenho do agronegócio em 2008

       

As questões ambientais continuarão sendo decisivas no desempenho do agronegócio e influenciarão as barreiras comerciais, de acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Neivor Canton. Observa que o fato positivo é o reconhecimento internacional e do governo federal de que, na formatação da política ambiental, os mecanismos econômicos não podem ser deixados de lado porque os atuais instrumentos de comando e controle ? a legislação e os organismos estatais ? não têm condição de preservar os recursos naturais. 

Depois de reafirmar que as cooperativas continuarão priorizando a proteção dos recursos naturais, Canton lembrou que tornou-se uma possibilidade muito grande a idéia de serem remunerados os proprietários rurais, responsáveis pelas atividades e serviços voltados à manutenção ambiental.

     Lembra que o desmatamento é um dos temas centrais na discussão internacional no que se refere às mudanças climáticas e aquecimento global. Deve-se, agora, discutir a implementação de outros mecanismos, inclusive o de remuneração da floresta em pé, tese que tem ganhado força junto à comunidade cientifica internacional.

O dirigente acredita que, em face da importância das questões ambientais globais e locais para o setor agropecuário, o setor primário precisa construir a sua própria agenda de forma que não seja atropelado por exigências, às vezes, desprovidas de base cientifica, e que poderão trazer novos reflexos ao produtor rural, impactando negativamente as atividades agropecuárias.

As principais questões a serem tratadas em 2008 estão ligadas aos temas Código Florestal, zoneamento ecológico-econômico, recursos hídricos, mudanças climáticas e bem-estar animal, entre outros. O presidente da Ocesc pediu ao presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Odacir Zonta, rigoroso acompanhamento das propostas apresentadas neste ano, à representação parlamentar do setor no Congresso Nacional de modificação do Código Florestal, de modo que o País possa se desenvolver economicamente e efetive a sua posição como líder mundial na produção de alimentos, e, ao mesmo tempo, tenha uma política de conservação ambiental, mostrando ao mundo a do Brasil de gerir a conservação das áreas representativas dos seus biomas, reconhecida importância mundial.

ZONEAMENTO

Outro tema é a cobrança ao Governo Federal do zoneamento dos biocombustíveis, cuja proposta em construção pelo setor governamental, deverá ser atentamente acompanhado pelo setor produtivo, pois este instrumento se refere à definição das regiões a serem implantados os pólos de produção de biocombustíveis, tanto os das culturas permanentes como as temporárias.

Na área dos recursos hídricos, será necessária a capacitação dos produtores rurais a participarem dos Comitês de Bacias Hidrográficas. Esses comitês decidirão os critérios para a cobrança do uso de águas não tratadas, inclusive para fins agropecuários, como a irrigação. A capacitação do setor para essa participação é primordial para que o setor tenha voz e posição estabelecidas nos diversos comitês de bacia, evitando-se que a ausência dos produtores traga, futuramente, surpresas desagradáveis, como o aumento dos custos de produção por nova tarifação e novas imposições e limitações de uso desse recurso.

 

Neivor Canton, presidente da Ocesc

 

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