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I Seminário ?Pela revitalização do Rio do Peixe?.

A Escola de Educação Básica São Cristóvão, 22 de março, quinta-feira, às 15h, na APROC (Associação dos Professores de Ouro e Capinzal), realizou palestras no Dia Mundial da Água.

 

O representante do Comitê do Rio do Peixe e professor da Unoesc Campus de Videira: Pablo Sezerino; o advogado e escritor (autor de livros sobre o município de Capinzal, Dr. Vitor Almeida e o representante da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.) de Capinzal, Vilmar Rech, foram os debatedores.

Com o objetivo de no Dia Mundial da Água refletir sobre a situação atual do meio ambiente, de dar continuidade em ações iniciadas em 2006 e de encaminhar ações concretas em nosso contexto social.

Foi o marco inicial de atividades e ações voltadas para o desenvolvimento da consciência ecológica de toda a comunidade escolar, como também, ações que auxiliem não só na tentativa de revitalização do Rio Capinzal, mas na melhoria do meio ambiente em que vivemos.

O Seminário atingiu seus objetivos, os debatedores abrilhantaram o evento através de suas explanações. O público lotou  o local, tivemos a presença de alunos e professores da escola, a presença de membros da APP, de professores de outras escolas, também esteve presente o vice-prefeito , vereador,membros da secretaria da saúde e da EPAGRI.

O projeto terá continuidade com a realização de seminários internos, sob a coordenação dos alunos de 7ª e 8ª série, auxiliados pelas professoras Anadir, Janete Koch e Raquel. Também será redigido um documento e encaminhado ao executivo e legislativo de Capinzal e ao Comitê da Bacia do Rio do Peixe. Outra ação, será a formação de um Comitê com membros da comunidade escolar que deverá prosseguir com o projeto de Revitalização do Rio Capinzal, iniciando os trabalhos pelos afluentes que atravessam o Bairro onde a escola está inserida.

         

Tendo como fonte o site http://oradical.uol.com.br, encontramos a informação por que do Dia Mundial da Água: A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993, através da qual 22 de março de cada ano seria declarado "Dia Mundial da Água", para ser observado a partir de 93, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (sobre recursos hídricos) da Agenda 21.

Os países comemoram esta data, dedicando ao "Dia Mundial da Água" atividades concretas que promovem a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos.

"O direito à água é um Direito Humano e a sustentabilidade de seu uso não deve ser só econômica, mas humana, social, cultural, ambiental e política".

A água é uma substância excepcional, essencial para a vida, alimenta nações, alimenta nossa indústria, atenua nossos problemas, sacia nossa sede e traz beleza e prazer às nossas vidas.

A preocupação com a situação das águas, que em alguns países se tornou nacional, está longe de ter no Brasil a dimensão necessária e merecida. Trazer os rios para o foco das atenções da sociedade deveria ser objetivo de cada cidadão brasileiro.

Saúde é um dos recursos mais preciosos de cada pessoa. A situação dos limnossistemas no Brasil e no mundo é extremamente preocupante. Da água doce disponível no mundo, o Brasil detém aproximadamente 12%. Todavia, cumpre lembrar que uma parte incalculável dela foi jogada ao mar com a drenagem parcial e total de lagos e com a retificação de rios.

A parcela que restou vem sendo poluída por esgotos domésticos, efluentes indústrias e metais pesados, entre tantos outros contaminantes. A biodiversidade dos limnossistemas está sendo empobrecida por drásticas ações antrópicas.

Diante disto, não basta apenas considerar a água como mercadoria e cobrar por ela. É preciso restaurar e revitalizar os limnossistemas, aproximando legislação, políticas públicas e educação mais da ecologia que da economia. A cobrança pela água em si só tem cabimento se visar o renascimento dos ecossistemas aquáticos. É o que informa a fonte, anteriormente citada.

 

 

Pablo atua no Curso de Tecnologia e Saneamento Ambiental e no Curso Engenharia Sanitária Ambiental, pela Unoesc de Videira. A mencionada universidade vem presidindo o Comitê do Rio do Peixe, que congrega 70 membros da bacia dentro da sociedade civil, governo do estado e os usuários, compreendendo a nascente em Calmon até desaguar no Rio Uruguai, nos limites de Piratuba e Ipira.

O vice-presidente do Comitê da Bacia do Rio do Peixe, Pablo, diz que a história deste rio nos remete a uma constante degradação, contudo a partir de algumas ações junto à iniciativa privada (indústrias e empresas), logicamente forçadas pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), a qualidade das águas nos últimos 10 anos mudou para melhor. Mesmo assim, há uma lacuna na qualidade dessas águas, sendo o calo maior é o cuidado e a destinação do saneamento sanitário.  

A qualidade da água dos rios está inserido no contexto de todos os cidadãos, portanto, não podemos somente exigir do governo municipal ou estadual, mas devemos assumir também como sendo um déficit nosso. Todos nós temos que buscar ações de recuperação, para tanto, verificar como está o sistema de nossas residências, não jogar lixo nos rios, evitar desperdiçar água (lavar carro em excesso). A principal medida é os órgãos governamentais e não-governamentais buscarem formas de reduzir o lançamento de esgoto nos rios. Desta maneira, buscar reduzir o lançamento de esgoto e dar condição do rio se revitalizar, para tanto, devemos fazer nossa parte, na condição de cidadão e Município.

Quanto aos jovens estudantes participando do evento na Escola São Cristóvão, para o palestrante eles serão os principais motivadores do processo de manutenção da qualidade. Lembrou que a juventude está preocupada em reduzir a quantidade de água, principalmente nos banhos e usos desnecessários na casa, inclusive tem consciência na destinação adequada do esgoto, demonstrando isto através de trabalhos dentro da escola. No tocante aos adultos, já é mais complicado, para estes, a ferramenta que funciona é da legalidade, a obrigatoriedade e tarifação.

Lembrou Pablo, que as crianças e adolescentes estão incentivando a redução de gastos, lançamento de lixo e esgoto. Para os adultos tem uma série de normativas que podem ser implantadas nos municípios para regular o lançamento clandestino e adequar as moradias para o processo de tratamento de seus efluentes.  Ainda buscar financiamento e recurso para trabalhar isso em termo de coletividade no município, tanto na área urbana quanto na rural.   

 

Palestrantes à mesa de honra: Pablo, Rech e Almeida.

 

Evento realizado na Associação dos Professores de Ouro e Capinzal (Aproc).

 

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