Berlanda promove reunião da Frente Parlamentar de Apoio ao Comércio Varejista na FCDL |
Pela Professora Evani M. L. Riffel
Caro leitor/a, cabe aqui uma introdução do tema “Histórias da Terra”, narrando e recontando histórias de nossa querida Terra Capinzal nos tempos de dantes, em capítulos e curiosos.
Em epítome, Distrito de Rio Capinzalsua colonização, velhos usos e costumes; livro escrito pelo memorável advogado, escritor e historiador Vitor Almeida, nato capinzalense. Livro este que abro para releitura de textos que remetem a formação cultural da nossa querida terra de Capinzal. As contribuições vêm desde os tempos de Campo Bonito. Tempo em que nossa Terra era mata densa, passagem de tropeiros e morada de indígenas.
Lá vem a história... A saudar a cultura e memórias...da Terra!!!
ACEITA UM CHIMARRÃO?!...
Pela Professora Evani M. L. Riffel
Lá na fazenda quando o galo canta o chimarrão já está rodando.
É costume sulino tomar mate amargo ao amanhecer de um novo dia, embora seja apreciado na hora do almoço, à tarde, a noite, ou em qualquer horário para recepcionar visitas.
Conta o historiador que desde a Fazenda dos Lopes, “inda” no século XIX, por essas bandas, já se cultivava o costume do chimarrão. Com a vinda do imigrante colonizador, no raiar do século XX, muitos deles vindos do Rio Grande do Sul, tchê, o mate amargo ficou arraigado culturalmente em nossa gente até os dias de hoje.
Curioso é o fato de receber uma visita, fato verídico, de região paulista onde o costume é servir cafezinho à visita e não conheciam o tal do costume da rodada de chimarrão, cuja cuia passa de mão em mão. O meu saudoso pai satisfeito com a visita, querendo agradar de saída já roda um mate amargo preparado na cuia de porongo e no capricho, acompanhado de bolachas caseiras pintadas, pois o Natal se aproximava. Eram quatro pessoas, parentes que há muito tempo não visitavam o Sul, então meu pai alcançou a primeira cuia para a visita, como manda o costume.
Conversa vai, conversa vem e de repente percebendo a demora do retorno da cuia percebeu que cada um dos quatro sorveu um gole pela bomba e passou o mate adiante.
Entendendo que o costume era desconhecido, quando a cuia voltou, a rodada continuou de mão em mão dos familiares e acabou em farra o episódio que foi absorvido pela visita no decorrer da mateada. Boas risadas são lembradas daquela tarde de mateada! ...
Como conhecimento sobre a cuia que na atualidade é produzida de materiais diversos a preferida culturalmente pelo gaúcho e amantes do mate amargo em suas raízes é a cuia de porongo. Porongo é fruto da planta chamada porongueiro ou cabaceira, da qual a cabaça ou porongo é colhida, secada e preparada artesanalmente transformada em cuia.
A erva mate industrializada provém da erveira, (ilex paraguaniensis) árvore nativa da América do Sul, cujas folhas, ou ramos são colhidos, podados com facão ou tesourão, amarrados em raidos, sapecados, canchados e hoje socados em soques movidos a energia elétrica. Antigo preparo da erva mate era finalizado no pilão, em pequenas quantidades para consumo doméstico. A produção industrial primeira foi nos engenhos de moagem a força hidráulica que evoluíram para o soque movido a energia elétrica.
Comum entre os fazendeiros colonizadores de Rio Capinzal era tomar o chimarrão em qualquer horário...
...E para brindar visitas nas fazendas as Senhoras recebiam amigas, vizinhas ou parentes em dias Santos, feriados ou finais de semana com mate doce regado a coco, leite e temperados com cravo, canela e chás aromatizantes.
-Aceita um *chimarrão com aquela cuia caprichada, decorada com pérolas, pulseira de cuia, erva verde no recheio e ervas coloridas na superfície com cenário e tudo o mais?!... (*Evolução cultural do preparo do chimarrão).
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