Secretaria de Obras realiza melhoria aguardada há anos por moradores do Distrito do Ibicuí |
Pela Professora Evani M. L. Riffel
Caro leitor/a, cabe aqui uma introdução do tema “Histórias da Terra”, narrando e recontando histórias de nossa querida Terra Capinzal nos tempos de dantes, em capítulos e curiosos.
Em epítome, Distrito de Rio Capinzalsua colonização, velhos usos e costumes;Capinzal: joias desta terra e desta gente; Tesouros Enterrados; livros estes escritos pelo memorável advogado, escritor e historiador Vitor Almeida, nato capinzalense.
Diga-se de passagem, a releitura de verdadeiras curiosidades e preciosidades, que oportunamente Vitor Almeida citou em uma frase histórica, sublime e de enlevo maior para conhecimento de nossas raízes:
“Não desejamos que o tempo sepulte a nossa História ou parte da mesma e, para salvaguardar a sua integridade procuramos resgatá-la, tirando-a, inclusive, do anonimato para muitos, registrando-a em definitivo para todos. ” (Vitor Almeida)
...Ei leitor/a...
-Já ouviu falar de um antigo costume chamado Filó?!...
Lá vem o TEXTO, (releitura), de antigo contexto...
...Um lazer antigo e memorável:
SERÃO ou FILÓ
Eram as noites de luar ou então era o velho lampião que conduzia os passeios noturnos na localidade de Rio Capinzal inda no raiar do século XX, antes da chegada da energia elétrica.
Saudosos tempos, porém, todavia dificultosos.
Um costume com raízes na população da Villa de Rio Capinzal em tempos passados, era o serão ou o chamado filó. O filó italiano, segundo o Aurélio, é uma tradição de confraternização da cultura italiana, trazida pelos imigrantes nos tempos remotos da colonização brasileira. Nada mais era que uma visita noturna, um momento de encontro e alegria, onde as famílias (visitantes e visitados), compartilhavam comidas, canções, brincadeiras e orações.
Filó vem de filo e filo vem de festa.
Na lida da roça era difícil fazer visitas durante o dia porque todos trabalhavam, então o período noturno era o mais apropriado para visitar vizinhos, conhecidos ou parentes. Geralmente o serão acontecia depois do jantar, então os visitantes eram recebidos com grande alegria e honrarias e os donos da casa visitada ofereciam: chimarrão, pipoca, compotas, refresco e guloseimas para as crianças que acompanhavam a visita dos pais.
Nesses encontros as famílias aproveitavam para o bate-papo casual entre vizinhos, aproveitavam a oportunidade para tratar de negócios, pendências, trabalho, troca de experiências.
Quando chegava a hora da despedida da visita vinha a promessa de retribuir a mesma, o que acontecia dias após.
Também era costume no Filó o visitante levar o violão, a gaita, ou outro instrumento para juntos exercitarem o canto e apreciar a música.
Serão é a denominação dada a esse costume entre os moradores nativos e filó era a denominação dada pelos ítalo-brasileiros.
Infelizmente esse memorável costume caiu em desuso nesses tempos de avanço tecnológico que oferece outras formas de comunicação, interação, mas que caminha para a individualidade.
Que pena!!!... Saudades tantas do tempo de dantes (sem generalizar), pois a modernidade nos trouxe muita praticidade, conforto, comunicação global.
Ah, o filó anda resiste ao tempo... Lá na roça...Entre algumas famílias mais tradicionais que conservam bons e saudosos costumes da cultura dos nossos antepassados.
Fonte: Capinzal: joias desta terra e desta gente/Vitor Almeida-Joaçaba: UNOESC, 2004. P.178
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