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PROJETO CIDADE VERDE ? RIO DO PEIXE

Os acadêmicos de Gestão Ambiental da UNIASSELVI ? Polo: IES-VALE (SC)

 

 

 
 
Os acadêmicos de Gestão Ambiental da UNIASSELVIPolo: IES-VALE (SC) em parceria com o laboratório Freitag Laboratórios - Divisão Ambientail e Alimentos realizaram nas cidades de Herval d`Oeste/ Joaçaba e Luzerna o PROJETO CIDADE VERDE – RIO DO PEIXE http://www.flabs.com.br .
 
O objetivo foi compreender o impacto ambiental gerado sobre as águas do Rio do Peixe oriundo dos efluentes urbanos. Embora a poluição da água possa ser acidental, a maior parte das vezes resulta de escoamentos descontrolados de origens diversas, ou seja, pela falta do saneamento básico correto ou tratamento dos efluentes urbanos.
 
As fontes poluidoras dos rios são em geral advindas das águas residuais urbanas, que contêm os resíduos coletivos resultantes da vida cotidiana. Também podemos citar as águas de origem industrial (lembrando que estas são alvo de constante fiscalização) e a poluição de origem agrícola, proveniente essencialmente de certos produtos utilizados na agricultura, como os Herbicidas, Inseticidas, Fungicidas, Fertilizantes e dejetos de origem animal.
 
Em resumo, as listas dos produtos poluentes das águas dos rios compreendem centenas de substâncias somadas as suas múltiplas combinações químicas.
 
Além das questões ambientais da fauna aquática, pessoas com doenças causadas, direta ou indiretamente, pela água de má qualidade e por falta de saneamento ocupam 80% dos leitos hospitalares. A água contaminada é um importante veículo de transmissão de doenças. Os microorganismos patogênicos responsáveis por essas doenças atingem a água com as excretas de pessoas ou animais infectados, dando como conseqüências as “doenças de transmissão hídrica” ocasionadas por bactérias, protozoários, vermes e vírus.
 
 
RESUMO E CONCLUSÕES DO PROJETO:


     Data da coleta: A coleta das amostras para a realização dos ensaios físico - químico e
     microbiológico  foi realizada em 18/09/2011, Domingo às 10h00min horas.
 

Pontos de amostragem:
Localização:
Coordenadas (UTM 22J):
Ponto 01 (03 amostras)
Antes da cidade de Luzerna
Leste-454181,317                                       Norte -6998636,148
Ponto 02 (03 amostras)
Depois da ponte que liga Luzerna/Estação Luzerna
Leste – 452785,929
Norte – 6998245,206
Ponto 03 (03 amostras)
Depois da passarela que liga Joaçaba/Herval d`Oeste
Leste – 450562,426
Norte – 6994420,160
Ponto 04 (03 amostras)
Depois da ponte da BR 282
Leste – 449647,009
Norte – 6991116,709.

Aparelho receptor de GPS: Garmin/GPSmap60CSx.
 
 
Resultados das análises de laboratório:

Parâmetros
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 3
Ponto 4
Coliformes Totais
1.800 UFC/100 ml
3.500 UFC/100ml
6.800 UFC/100ml
4.000 UFC/100ml
Coliformes Fecais
500 UFC/100 ml
1.200 UFC/100ml
2.500 UFC/100ml
2.100 UFC/100ml
PH
7,35
6,98
7,22
7,15
Cloreto
11,98 mg/L
13,85 mg/L
21,24 mg/L
24,93 mg/L
Cor Aparente
259,0 mg/L
263 mg/L
285 mg/L
274,0 mg/L
DQO
11,8 mg/L
9,1 mg/L
7,6 mg/L
12,6 mg/L
Fósforo
0,1 mg/L
0,1 mg/L
0,2 mg/L
0,1 mg/L
Nitrato
0,1 mg/L
0,2 mg/L
0,1 mg/L
0,1 mg/L
Nitrogênio Amoniacal
0,12 mg/L
0,10 mg/L
0,13 mg/L
0,11 mg/L
Nitrogênio Orgânico
0,3 mg/L
0,3 mg/L
0,3 mg/L
0,3 mg/L
Óleos e Graxas Totais
6,4 mg/L
21,0 mg/L
5,6 mg/L
8,4 mg/L
Sulfeto
<0,001 mg/L
<0,001 mg/L
0,001 mg/L
0,002 mg/L


Conclusões:
·         Cloretos.: há um aumento permanente ao longo dos pontos, o que embora ainda esteja em conformidade com o CONAMA 357, indica que há contaminação de efluentes domésticos, pois cloretos e coliformes são exemplos clássicos da literatura para contaminação humana.
·         A cor aparente nos 4 pontos possui valores aumentados se compararmos à média registrada das análises feitas pelo Freitag Laboratórios em rios de Santa Catarina. Embora não exista legislação parametrizando a cor aparente, podemos indicar maiores pesquisas, pois o aumento de cor pode ser originária de contaminação ou de níveis pluviométricos elevados.
·         Fósforo.: os pontos 1, 2 e 4 possui uma concentração de fósforo 2 vezes superior ao permitida para rios intermediários e o ponto 3 está 4 vezes acima ao preconizado ao Conama 357. O Fósforo é proveniente majoritariamente de esgotos domésticos e resíduos industriais. O seu risco é o favorecimento de crescimento de algas (fitoplâncton) o que leva a diminuição dos níveis de oxigênio na água do rio e impedindo a passagem da luz para as regiões mais profundas prejudicando assim toda a biota (peixes e outras espécies).
·         Óleos e Graxas Totais.: conforme o Conama 357, óleos e graxas devem ser visualmente inexistentes, porém, percebe-se que no ponto 2, a concentração de 21,0 mg/L já permite a visualização de camadas de gorduras no rio, especialmente em locais com menos correnteza.
·         Coliformes Totais e Fecais.: analisando o Conama 357, apenas o ponto 1 está atendendo à legislação. Os pontos 2, 3 e 4 para a classe 2 de rio, possuem concentração elevada chegando até 2,5 vezes superior ao permitido. Porém, em relação ao CONAMA 274, os
4 pontos estariam dentro de um padrão satisfatório para balneabilidade. Vale ressaltar que o ponto 3, mesmo para o Conama 274 está em seu limite de contaminação. Uma água excelente para balneabilidade segundo o Conama 274 requer concentração de Coliformes Fecais inferiores a 250 UFC/100ml.
 
 
 
    Diante dos resultados deste projeto, percebemos a importância da manutenção da qualidade ambiental das águas para a proteção da fauna aquática e para a melhora significativa da qualidade de vida da população. Soluções para um saneamento básico eficaz e de qualidade bem como o constante monitoramento das águas do Rio do Peixe, devem ser discutidas pela população das cidades envolvidas. Conforme observado pelo próprio laboratório banhar-se nas águas do Rio do Peixe nos pontos 2, 3 e 4, poderia ser danoso para a própria saúde. Fica dado o alerta para esta época de verão.
 
Todos os dados das análises e o projeto completo estão disponíveis no Polo IES Vale para consulta pública.
 
 
Turma: GAM0112
Curso
: Gestão Ambiental
Professor Tutor: Adalberto Antonio Marcon
Acadêmicos: Claudemir Oechsler; Cristiano R. Mendonça; Jaison S. de Ávila ; Maicon A. Dondel
Apoio técnico: 
Dr. Guilherme Freitag – CRF/SC 6672
Químico Meykon Patrick Vailatti CRQ/SC 13201010

Academicos de Gestão Ambiental – UNIASSELVI.
 
Poluição lançada no rio.
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