Neste artigo, deixaremos de lado as implicações políticas, causadora de aborrecimentos. Nosso propósito é ter uma pausa, refletir e proporcionar um momento para pensar na própria existência: quantos acontecimentos ocorrem, muitos corriqueiros, outros impulsionam a profundas analises, como perante a doença, ou dificuldade e até ao receber a notícia da perda de alguém próximo!

         Viver é uma arte, contudo o fim não pode ser o aspecto terreno, devemos levar em conta a dimensão carnal precisa ser complementada com a proporção divina. Quando estas duas esferas, humana e espiritual, ou corpo e alma comungam de uma mesma medida, passamos a entender que há outra vida, que precisa de cuidados. Muitas vezes na correria pelas ‘migalhas’ da materialidade, tudo sendo tão difícil e com muito sacrifico, vamos sucumbindo o contexto espiritual da existência.

Entretanto, faz-se necessário disponibilizar tempo para meditar na conexão com a espiritualidade maior; essa ligação é fundamental, pois proporciona o amparo dos mentores maiores, trazendo auxilio e discernimento para compreender as razões de estar neste mundo. A beneficência espiritual atenua as tentações, vazios, angústias e devaneios atrelados pela perda do significado do viver!

Quando se afirma ter religião, sem ter uma fé raciocinada, sem a busca diária da reforma intima com o intuito da evolução, essa religiosidade perde sua essência.

Portanto, vivemos no tempo aonde somos chamados a sair da ‘vida de rebanho’, impulsionada pela ideologização em se aproveitar, esbanjar, não tendo comprometimento com nada, vivendo no imperativo do individualismo e do hedonismo, que é a dedicação ao prazer tendo estilo de vida, como viveu a antiga civilização romana.

E, nesta perspectiva devemos nos questionar a respeito de como anda nossa existência! Não se trata de parar de trabalhar, ou de ter preocupações, ou deixar de aproveitar a vida buscando um pouco de lazer. Não são proibições; entretanto, deveríamos ter um projeto de vida que impulsione para além do plano terreno e carnal.

Toda ambição, ganância e depravação que vemos em muitas figuras públicas corrompendo-se em troca de dinheiro e poder, deveriam levar-nos a grandes reflexões e indignação. Não obstante de serem ambições que fazem parte da história da humanidade!

E você, para que está neste mundo? Já passou por esse tipo de indagação? Na verdade, somos criaturas misteriosas: dizemos ser amantes da paz, promovendo a guerra; em ter o amor como essência do viver, carregando o ódio; sabemos que coisas simples proporcionam a felicidade, ostentando o luxo; conhecendo as atrocidades das drogas, apoiando quem busca sua liberalização. E, vamos vivendo envolto as infinitas contradições!

Sócrates, o filósofo grego, há dois mil e quinhentos anos, ensinava: “uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”. Nesta mesma linha, temos o ensinamento de Francisco Xavier: “nem Jesus Cristo, quando veio a Terra, se propôs resolver o problema particular de alguém; Ele se limitou a ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmos”.

Trilhar o próprio caminho, sabendo aonde chegar, principalmente com a consciência tranquila que demonstra as razões de estar neste mundo. Agindo desta forma, haverá a diminuição da ansiedade, o rompimento de não cair na depressão, além de se ter o entendimento da vida em suas duas dimensões!

Pense nisto! Até o próximo!