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Um Espírito ilustre apresenta um convite ousado aos que nos encontramos na Terra: Seja feliz hoje.
Num primeiro momento podemos ser tomados de surpresa. Como ser feliz num mundo assim? Como ser feliz com tanto sofrimento? Como encontrar felicidade se ainda somos tão imperfeitos?
Os mensageiros do bem, no entanto, nos trazem sempre novas perspectivas, novas formas de enxergar a vida, novas lentes e maneiras de lidar com tudo que nos ocorre.
É dessa forma que nos apontam uma espécie de método para alcançarmos a felicidade e asseguram que a luta é o clima de segurança para o encontro com a plenitude.
Portanto, não há plenitude, não pode haver felicidade, sem lutas. Isso significa que os desafios fazem parte do processo evolutivo.
Eis a primeira chave para podermos entender essa proposta de ser feliz.
Não podemos acreditar que felicidade seja sinônimo de vida sem lutas, sem dores ou provações.
Não é na ausência de sofrimento e na presença do prazer que iremos encontrar a felicidade real.
O materialismo construiu essa cultura de felicidade-prazer, isto é, de buscar a felicidade na mera satisfação de nossos desejos, de buscar tudo aquilo que nos dá satisfação imediata e fugir de tudo que é desconfortável.
Por vezes, acreditamos que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente.
Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor.
Um lugar onde os sorrisos brilhassem nos lábios e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.
Mas, depender de acontecimentos para construir nossa felicidade seria estar sempre à mercê das forças externas, de fatores que, muitas vezes, não dependem de nós.
Poderíamos dizer que seria como estar numa montanha russa, onde em um momento estamos felizes e no momento seguinte vivemos a infelicidade novamente. E assim de forma sucessiva.
Isso não é felicidade.
Felicidade é construção interior, uma coleção de conquistas, de vitórias sobre nós mesmos.
Felicidade é prática do amor, cumprimento dos deveres para com Deus, para com nosso próximo e para conosco mesmo.
Quem cumpre deveres se faz feliz naturalmente.
Assim, ser feliz hoje é plenamente possível, pois nos fala de edificar algo, de um processo e não de um resultado mágico.
Ser feliz pela vida em si e não pelos acontecimentos bons ou maus que nos alcançam - eis o segredo.
* * *
A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.
Dessa forma, abençoemos os acidentes de percurso, que denominamos como desdita. Sigamos na direção das metas, e veremos quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por nós.
Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer, colocando beleza no chão.
Reunamos essas florezinhas em um ramalhete, tomemos das pedras pequeninas fazendo colares, e descobriremos que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.
Redação do Momento Espírita, com base no Prefácio, do livro
Seja feliz hoje e no cap 16, do livro Momentos enriquecedores, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL.
Em 3.8.2023.
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