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Plenário da Assembleia Legislativa

Luciane diz que professores jamais terão aposentadoria pública com reforma da previdência

A deputada estadual, Luciane Carminatti (PT/SC) disse hoje (07), no Plenário da Assembleia Legislativa, que os professores jamais terão aposentadoria pública se a reforma da previdência for aprovada. "Vai afetar frontalmente os professores deste país." Em agenda com educadores pela na região Oeste na última semana, a deputada afirmou que foi questionada sobre a dificuldade de um professor de 65 anos, se homem, ou 62, se mulher, trabalhar em sala de aula com 40, 50 alunos da educação infantil ou médio. "É ruim para o profissional da educação, que não vai aguentar, e ruim para os alunos", ressaltou.

Segundo Luciane, os profissionais da educação tem que parar se a medida for à Plenário do Congresso na semana do dia 19 de fevereiro,  junto com os demais trabalhadores, agricultores, operários e a quem tem consciência de que o fim da previdência pública significa acabar com a dignidade da população e concentrar o capital e a riqueza na mão de poucos. "Se o governo está preocupado com a previdência, que cobre de banqueiros, de latifundiários e revise as altas aposentadorias", afirmou.

Luciane advertiu que a atual proposta retira a garantia de segurados especiais conquistada pelos professores e agricultores na Constituição de 1988. Hoje, uma professora para se aposentar tem que ter no mínimo 50 anos de idade e 25 de atividade e o professor 55 de idade e 30 de atividade. Pelas novas regras, o magistério perde este direito. "Terão os professores que trabalhar 40 anos ininterruptos para ter direito à aposentadoria." 

A deputada disse que quem conhece a educação sabe que a profissão tem um dos salários mais baixos. "Professores enfrentam salas superlotadas e por isso adoecem." Conforme o Atlas de Gestão de Pessoas, em 2012, 64 mil professores tiraram licenças na ativa, em São Paulo, superando o total em sala de aula. Em SC, pesquisa realizada em 2015 mostra a Secretaria da Educação com o maior percentual de servidores públicos afastados por doença, considerando a idade de hoje para a aposentadoria. Em 2017, em Florianópolis, a prefeitura divulgou que em um a cada quatro servidores afastados, a maioria era da área da educação.

Outra pesquisa, da PUC/PR e do Conselho Nacional de Secretários de Administração, mostra que entre 2011 e 2017, mais de 35% de professores, com menos de 10 anos de docência - o Temer quer 40 em sala de aula - já estão em nível de quase exaustão. "Para justificar a medida para acabar com a aposentadoria, o governo usa de propaganda mentirosa, dizendo que a previdência está quebrada. Mas se o governo não cobra quem deve então a culpa é do governo", afirmou.

 

 

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