Ao adentrar o espaço do Galpão “Caipora Viu”, é fácil perceber a presença de artigos religiosos em exposição. São imagens sacras, instrumentos litúrgicos e outros objetos que marcaram a espiritualidade de diversas tradições religiosas presentes na sociedade camponovense.

Essa cristandade da população se reflete inclusive na nomenclatura de bairros da cidade, bem como em igrejas e agremiações religiosas locais.

Benito Zandoná, idealizador do galpão, destaca que os objetos ligados à religiosidade são frutos de doações de famílias ou aquisições pessoais. Católico, Benito se emociona ao recordar a história da romaria para Aparecida, iniciada no final da década de 1970 em Campos Novos.

“Na época, a gente colocava bota de borracha para fazer o trajeto em estrada de chão”, relata.

Todos os anos, o município de Campos Novos se mobiliza para a tradicional Romaria em honra a Nossa Senhora Aparecida, uma das maiores expressões de fé da região. Nesse contexto, o Galpão “Caipora Viu” se torna ainda mais simbólico, reunindo em seu acervo elementos que dialogam com essa devoção popular, reafirmando o vínculo entre a fé que move a romaria e a preservação das memórias religiosas que compõem o espaço cultural.

O acervo cultural preservado inclui fotografias, hóstiafero, órgão de tubos (piano) e diversas imagens de santidades, entre elas a figura mística de São João Maria. Esses itens estão em processo de catalogação e digitalização, integrando o projeto de preservação do Galpão “Caipora Viu”, com apoio financeiro da CELESC Distribuição S.A., por meio do Programa de Incentivo à Cultura (PIC), da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com coordenação do Instituto Humaniza.

Fonte: ASCOM Instituto Humaniza

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