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POLÍCIA CIVIL DESVENDA ASSASSINATO EM CAPINZAL

Delegado Márcio Schütz, informando sobre o inquérito policial.

 

O delegado de Polícia Civil da Comarca de Capinzal, Márcio Schütz, na manhã de terça-feira, dois de outubro, informou sobre o inquérito e prisão de Claudir Teodoro da Silva, autor de assassinato contra a jovem Mônica Regina Cadori.  

Claudir Teodoro da Silva, 22 anos, residia no município de Zortéa e Mônica Regina Cadori, 19 anos, morava na cidade de Capinzal, funcionária da Confeitaria e Padaria Zeni. Eles viveram juntos por oito meses, porém, há 15 dias estavam separados.

Segundo ele, era para reatar o relacionamento, porém, ela não quis mais compromisso, então ?perdeu? a cabeça e sacou da arma que trazia na cinta e efetuou vários disparos. Não se recorda quantos foram os disparos, mas informou ao ver ela caída bem tentou dar dois tiros na própria cabeça, no entanto, como a arma negou ?fogo? acabou fugindo do local, apresentando somente em primeiro de outubro, segunda-feira, pela manhã. 

Conforme o Delegado, Claudir pouco ajudou nos depoimentos, somente está dificultando o trabalho, porém, acreditam ter disparado mais de sete tiros, inclusive recarregou a arma no local. Cinco projétil foram encontrados o ocorreu tal crime, mais dois repassados pelos hospitais. A polícia encontrou a munição deflagrada, sendo utilizada como arma um revólver calibre 32, em que Claudir diz ter adquirida há três anos de uma pessoa já falecida. Não tinha porte de arma e nem motivo sabia dar por que a comprou. Como a arma calibre 32 não é uma pistola que joga o estojo pra fora, abriu o tambor e deve ter colocado mais munição para conseguir feito. Com certeza absoluta relata Schütz, ?o responsável pelos disparos recarregou a arma, até porque o revólver calibre 32 é de cinco e seis tiros, agindo de forma premeditada para matar a Mônica, que infelizmente acabou conseguindo?.  

A polícia tem conhecimento de uma testemunha, colega do autor dos disparos, na quarta-feira, dois dias antes do crime relatou ter ouvido de Claudir, se caso ela voltasse para ele a mataria. Estão no aguardo do laudo de exame cadavérico, mas pelas informações obtidas três a quatro projéteis atingiram a cabeça.

O foragido apresentou-se na segunda-feira, acompanhado de advogado. Pensava e até acreditava em um dispositivo legal que está inserido no Código de Processo Penal, artigo 307, sobre a apresentação espontânea, onde não se impõe a prisão. Na sexta-feira, Schütz tinha representado a prisão preventiva para responder por esse crime, pelo menos num primeiro momento em regime fechado, assim, que receberem o exame cadavérico e até outros levantamentos com testemunhas, posteriormente, irão encerrar o inquérito policial e encaminhar ao Poder Judiciário local, com encaminhamento ao Ministério Público, devendo denunciá-lo por crime de homicídio qualificado.

A justificativa conforme o testemunho do mesmo, é que a Mônica teria dito que tinha outro pretendente e ele não era mais homem para ela. No entender do Delegado, é um artifício que usa para justificar o ato insensato cometido em tirar a vida da menina. ?Pelo que sabemos, a ação foi muito rápida e quase que certo, chegou ali só para cometer o ato, não havendo tempo para muita conversa?; destacou o Delegado. Terão que ouvir ainda outras pessoas que estavam na padaria, até porque ?a forma que preparou o crime, foi em local onde pessoas não poderiam ser testemunhas oculares dos disparos e no corredor não oportunizou defesa alguma diante dos disparos?; acrescentou Schütz.

Claudir não tinha passagem pela polícia, até mesmo o relacionamento do casal não houve registro de anormalidade. ?Não teve briga e nem desentendimento que pudesse justificar o ato cometido?; respondeu o delegado de Polícia Civil da Comarca de Capinzal.

A pena de homicídio vária de seis a 20 anos de prisão, porém, durante o tramite do processo é avaliado as qualificações e os agravantes.

O que falta para encerar o inquérito policial é o fato de ter dito ficar dois dias escondido na mata, pois pelas investigações iria para a cidade de Erechim, onde esteve nos últimos dias na busca de trabalho. Lá tinha deixado o carro na casa de parente, quem sabe poderia dar continuidade à fuga. Conversando com parentes, convenceram-no a se entregar e passará a responder pelo ato que cometeu.

Schütz em dezembro fará dois anos que está na função de Delegado de Polícia Civil da Comarca de Capinzal, lamenta que a conduta do ser humano às vezes leva a esse tipo de atitude, não sendo o primeiro caso envolvendo casais acabando com desfecho trágico. O sentimento maior fica por parte dos familiares da vítima e por não haver nenhuma desavença do casal, o que choca a pouca idade de ambos tirando a vida da Mônica, deixando uma ferida na família e aos amigos que perderam a quem gostavam. Também causou sofrimento a seus pais e familiares por um bom tempo, enquanto pagará por esse crime na cadeia.             

 

Delegado Márcio Schütz, informando sobre o inquérito policial.

 

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