Pela Professora Evani M. L. RiffelJornalDeFato
Caro leitor/a, cabe aqui uma introdução do tema “Histórias da Terra”, narrando e recontando histórias de nossa querida Terra Capinzal nos tempos de dantes, em capítulos e curiosos.
Em epítome, Distrito de Rio Capinzalsua colonização, velhos usos e costumes; livro escrito pelo memorável advogado, escritor e historiador Vitor Almeida, nato capinzalense. Livro este que abro para releitura de textos que remetem a formação cultural da nossa querida terra de Capinzal. As contribuições vêm desde os tempos de Campo Bonito. Tempo em que nossa Terra era mata densa, passagem de tropeiros e morada de indígenas.
Vitória, vitória... lá vem a história... A saudar memórias...da Terra!!!
A COLONIZAÇÃO DAS TERRAS DE RIO CAPINZAL
Como tudo começou...
A atual parte física do município de Capinzal na primeira metade do século XIX, era conhecida pela denominação de Campo Bonito. A referida gleba (território) teve sua posse e propriedade requerida às autoridades imperiais pelo cidadão Jesuíno de Mattos, o qual, dando acompanhamento ao requerimento protocolado, culminou com o deferimento da área requerida.
O Sr. Jesuíno de Mattos não colonizou a sesmaria (terra abandonada) denominada de Campo Bonito, não tendo inclusive, exercido qualquer ato ou providência neste sentido, preferindo transferi-la para uma terceira pessoa, no caso, José da Silva Machado, grande empresário e político paranaense, agraciado com a comenda real de Barão de Antonina, com quem formalizou a transação.
Em igualdade de condições com Jesuíno de Mattos, o Barão de Antonina deixou de colonizar a gleba transferindo a posse e propriedade a Manuel Ferreira da Silva Farrapo e a Manoel Lopes de Abreu, fazendeiros radicados no município de Campo Novos.
O proprietário Manoel Ferreira da Silva Farrapo se desinteressou pela gleba, principalmente naquilo que se refere à sua colonização, razão pela qual, no ano de 1854, vendeu sua meação ao outro sócio, Manoel Lopes de Abreu, que iniciou a devida colonização junto com a família, empregados e escravos.
No entanto, o estancieiro Manoel Lopes de Abreu veio a falecer e, por força do direito hereditário, não só a fazenda Campo Bonito, mas também as demais fazendas dele foram inventariadas.
O estancieiro Antônio Lopes de Abreu, filho de Manoel Lopes de Abreu, em pagamento de sua legítima recebeu grande área da fazenda, originariamente denominada Campo Bonito e que passou a ser denominada Fazenda Santo Antônio ou Fazenda dos Lopes. No final do século XIX e início do século XX, juntamente com seus filhos e genros, procedeu a efetiva colonização com criação de gado e equinos.
Os animais criados na fazenda eram transportados para as feiras de Sorocaba e Itapetininga, São Paulo, e obtinham altos preços por unidade.

Fazenda de criação de gado originalmente construída por Geraldino Firmo de Almeida e sua esposa Leopoldina Lopes de Abreu, data de 1913.
A Fazenda Santo Antônio ou Fazenda dos Lopes foi medida no dia 20 de maio de 1922, constatando-se que a área era correspondente a 265.984.490 metros quadrados.
Na época, a gleba era constituída de matas virgens, pastagens nativas, essa em grande parte representada pelo capim mimoso.
A mata, propriamente dita, era inteiramente tomada por seculares pinheiros araucárias, matéria-prima do ciclo madeireiro (1930 a 1950), fator responsável pela quase extinção da mata araucária na região.

Serraria Santo Antonio no dia da sua inauguração, ano 1930.
Referências: Capinzal: Joias desta terra e desta gente (Autor –Vitor Almeida), pg.27/28.
Distrito de Rio Capinzal Sua colonização, velhos usos e costumes” (Autor –Vitor Almeida) pg.22.
Acervo de fotos do Museu Histórico Municipal Vitor Almeida.
O TEMPO jornal de fato desde 1989:
https://chat.whatsapp.com/IvRRsFveZDiH1BQ948VMV2
https://www.facebook.com/otempojornaldefato?mibextid=ZbWKwL
https://www.instagram.com/invites/contact/?igsh=4t75lswzyr1l&utm_content=6mbjwys
https://youtube.com/@otempojornaldefato?si=JNKTM-SRIqBPMg8w
Deixe seu comentário