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FASCITE PLANTAR: O ESPORÃO DE CALCÂNEO

A síndrome dolorosa subcalcânea, mais conhecida como fascite plantar ou esporão do calcâneo, foi descrita inicialmente em 1812. Constitui um problema ortopédico bastante comum e afeta principalmente homens entre 40 e 70 anos. A fascite plantar acomete também atletas, especialmente corredores.

A causa exata dessa síndrome é desconhecida. Entretanto, vários fatores podem estar envolvidos: inflamação da fáscia plantar provocada por evento traumático que envolva forças de tração ou cisalhamento, avulsão da fáscia plantar, fratura de estresse do calcâneo, neuropatia compressiva dos nervos plantares, esporão plantar do calcâneo e atrofia senil do coxim gorduroso plantar.

O diagnóstico é essencialmente clínico e tem como base a história e o exame físico. Exames complementares laboratoriais e de imagem podem ser úteis no diagnóstico diferencial. O tratamento é essencialmente conservador, ou seja, a Fisioterapia, com elevada taxa de sucesso.

Na grande maioria dos pacientes o tratamento conservador, sem cirurgia, é suficiente para permitir o alívio dos sintomas. Na literatura algumas séries de caso alcançam taxa de sucesso com tratamento conservador da fascite plantar que varia entre 73% e 89%.

O tratamento conservador deve ser direcionado para reduzir o processo inflamatório e inicialmente podemos recomendar um curto período de repouso acompanhado de medicamentos anti?inflamatórios não hormonais (AINH) durante aproximadamente quatro a seis semanas, a primeira linha do tratamento conservador deve incluir um programa domiciliar com exercícios para alongamento da fáscia plantar.

O protocolo tradicional envolve exercícios para alongamento e contração excêntrica do tendão calcâneo, feitos simultaneamente a exercícios para alongar a fáscia plantar, aparelhos de eletrotermofototerapia, técnicos manuais como a liberação miofascial, além do uso de palmilhas confeccionadas especialmente para cada indivíduo, diminuir o número de horas em pé durante a atividade laboral entre outras estratégias. Em alguns casos se faz necessário o uso de medicação com corticóides através de infiltração local procedimento esse realizado exclusivamente pelo médico.

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Graduado em Fisioterapia pela UNOESC - Joaçaba - SC

Pós-graduado em Fisiologia do exercício - Universidade Gama Filho - Curitiba - PR

Cursos diversos nas áreas de esportiva e terapias manuais.

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