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ELES, HEI! ÇÕES...

Jaime Telles

        Não inventaram palavra adequada para definir alguns comportamentos que se tornaram típicos de períodos eleitorais. Nas eleições municipais o quadro é o pior possível. A começar pelo preço de cada voto. Antigamente o eleitor simplesmente votava, até que alguns ?coronéis? começaram a oferecer favores e beneces em troca do voto. A coisa foi mais longe do que se poderia imaginar. Não vai adiantar discurso bonito, dar bom dia em dez festas por domingo, das tapinhas nas costas ou ter feito algo digno pela comunidade. O preço do voto tem outra cotação. O eleitor atual já sabe que será assediado neste sentido e vai logo organizando a sua ?cotação?, ou seja: ninguém vai ?merecer? seu voto sem oferecer algo em troca. Como agravante, destaca-se que esse quadro não é privilégio de paupérrimos que batem de porta em porta em busca de vinte ?pila? para pagar a conta de luz. É mais grave. E quanto mais graúdo do votante, maior e mais dolorida a ?mordida?. O resultado não poderia ser pior, pois, se a forma de ganhar voto é ilegal e imoral, dá prá imaginar que tipo de gente vai ocupar as cadeiras do poder.

Os péssimos exemplos que vem da capital federal são apenas reflexos do que ocorre nas eleições municipais, se repete nas estaduais e culmina numa nação viciada e refém de espertalhões que vendem a própria mãe.

O eleitor se acostumou a contar com pessoas que conseguem burlar a Lei para atender seus interesses. Toda vez que isso ocorre, o eleitor se sente envaidecido por ser ?amigo? de alguém tão poderoso, capaz de fazer o que é errado sem que isso o atinja. Sinônimo de poder. Isso se repete a todo momento, porque as pessoas gostam das Leis e até concordam com elas, desde que, para ele, haja exceção. O doce gosto do privilégio. Resumindo: Muitos acham que, bom político é aquele que consegue pairar acima da Lei e seja seu ?chegado?.

É triste, mas é verdade. E vai acontecer tudo de novo. Pode apostar.

Falando nisso, você já sabe o que vai exigir em troca do seu ?sagrado? voto?

Com todo respeito que as pessoas de bem merecem, pois em tudo há exceção, mas o quadro é assustador.

Outubro não demora.

 

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