logo RCN

Conhecendo a viola caipira

Professor de viola caipira, da Escola de Música Sonho Meu, Lourenço Lima

A nossa atual viola caipira ou sertaneja, segundo pesquisa do jornalista Cornélio Pires, o grande estudioso e divulgador desse instrumento, bem como da música sertaneja em São Paulo, tem sua origem na Ásia, mais propriamente na China de onde foi trazida pelos árabes para o Oriente Médio. Levada por mercadores para a Europa, lá se popularizou e dada a sua dolência sonora de cativar para a América do Sul por espanhóis e portugueses, com a finalidade de cativar o gentio ou índio e assim torná-lo dócil, pois que a maioria das tribos eram antropófagas. Foi no Brasil que se tornou mais conhecida.

Em São Paulo e Minas Gerais sobremodo, passou a fazer parte de comitivas boiadeiras, sendo distração para os que conduziam a boiada. Com tais comitivas tomou o rumo da região central, centro-oeste e sul.

De Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso saíram grandes violeiros: Tião Carreiro, Zé Carreiro, Tonico, Roberto Correia (estudioso da viola), Renato Andrade, Marzinho Quevedo e outros. Além de atingir o interior brasileiro a viola caipira invadiu as grandes cidades, cativando até mesmo os habitantes das mansões e aranha-céus.

Lamentavelmente, ouve-se locutores de programas sertanejos, os que não se aprofundaram no conhecimento da viola ou da música, confundirem os inúmeros ritmos feitos com a viola caipira. Confundem cururu, cateretê, pagode, toadas, canções, tudo com moda de viola.

Na moda de viola o interprete ou cantador, termo caipira, canta a letra e ao mesmo tempo se acompanha com o solo de viola. Nos outros, a viola apenas dita o compasso, embelezando os ritmos com sua sonoridade harmônica e melódica.

Exemplo de moda de viola: Rei do Gado, Cabocla na Cidade, O Mineiro e o Italiano; de cururu: O Menino da Porteira; de careretê: O Carteiro, Mão do Tempo; de pagode: Chora Viola, Pagode em Brasília; de toada: Mágoas de Boiadeiro, Luar do Sertão, Cabocla Tereza etc.

A viola também foi usada na música nativista gaúcha em milongas e canções.

O cognome ?viola caipira? deu-se em virtude de ter sido ela, divulgado primeiro no interior e posteriormente na cidade.

 

Por: Professor de viola caipira, da Escola de Música Sonho Meu, Lourenço Lima. Contato: celular 84133023 ou E-mail: limalourenco@yahoo.com.br

  

Anterior

Prevenção quanto a afogamentos em rios e lagos

Próximo

Comunicado Perdigão

Deixe seu comentário