IMPORTANTE NA LIDA DE CAMPO

Mesmo com todas as tecnologias as quais facilitam os trabalhos dos agricultores no meio rural, a carreta de boi ainda continua insubstituível, para muitos moradores da serra catarinense.  

Edilson Cabral, morador da localidade de Barra Grande, interior de Abdon Batista, se utiliza do meio de transporte ultrapassado para melhorar a vida no campo. Na frente à dupla Salino e Mineiro conduz a carroça sob o comando firme do agricultor.

Seu Edilson conta que o carro de boi, mesmo com todos os recursos existentes,  continua servindo como o principal veículo de locomoção para o transporte de mantimentos e da colheita trazida da lavoura. "Puxo milho, feijão, fumo da roça até a minha propriedade", afirma. Para ele o tempo não foi capaz de modificar esta tradição que veio das gerações passadas.

"Antigamente, quem morava no interior, necessitava deste tipo de transporte. Agora, a maioria dos agricultores dispensou a carreta de boi, mas eu mantenho esse costume bem vivo, porque faz parte da minha vida e foi uma herança deixada pelos meus familiares", salienta, ele.

Perguntado sobre o nome dado à junta de bois, o bom homem, justifica que comprou os animais já com esses nomes. "Continuei os chamando de Salino e Mineiro. São comportados e já conhecem bem o caminho, sendo que quase não é mais necessário mostrar por onde devem seguir", diz.

Nem mesmo a demora para chegar aos lugares desejados, tira o entusiasmo do proprietário rural. "Por que pressa? Esse detalhe é compensado pelo fato de que não tem quase nenhum custo no transporte das mercadorias. Isso sim é importante", pondera.

Sobre a corrida de carretas que vai acontecer em Cerro Negro durante a festa do colono no mês de julho, ele considera uma brincadeira saudável e valiosa para buscar o resgate dos valores vindos da terra. "Fiquei sabendo dessa competição, não sei ao certo se vou participar, mas considero uma idéia maravilhosa, a qual, certamente, vai propiciar muitas alegrias para quem for conferir".

Um meio de transporte ainda mantido em Celso Ramos.