logo RCN
O TEMPO jornal de fato

MISSÃO TÉCNICA

  • (Foto: Divulgação). - Os visitantes conheceram a Associação de Apicultores e Meliponicultores (AAMQ) sua organização para gestão, processamento e beneficiamento da matéria-prima

Intercâmbio de experiências fortalece apicultura na região oeste de Santa Catarina

Conhecer as iniciativas exitosas da cadeia produtiva da apicultura na região oeste catarinense, que podem servir de inspiração para outros projetos inovadores. Com esse objetivo o Sebrae/SC promoveu, nesta semana, uma missão técnica de integração entre as regionais oeste e meio oeste. Participaram 35 convidados, entre empreendedores, gestores públicos e representantes de entidades dos municípios de Água Doce, Caçador, Catanduvas, Joaçaba e Luzerna.

O roteiro incluiu visitas em propriedades e empreendimentos dos municípios de Quilombo e Faxinal dos Guedes. Os visitantes conheceram a Associação de Apicultores e Meliponicultores (AAMQ) sua organização para gestão, processamento e beneficiamento da matéria-prima, compreenderam a importância do melhoramento genético, conversaram com uma produtora de abelha rainha que explicou sobre a produção e introdução na colmeia. Ainda conheceram uma propriedade que produz canola e aplica técnica de apicultura migratória (na qual as colmeias vão para os locais onde estão ocorrendo as floradas, no período de escassez).

De acordo com a organizadora da missão técnica e analista de negócios do Sebrae/SC, Lizandra Regina Medeiros, essa iniciativa faz parte de um plano de ação do setor de apicultura do meio oeste catarinense. “A intenção é organizar essa cadeia produtiva na região a partir das consultorias técnicas focadas no aumento e na melhoria da produtividade, além do acesso a mercado com participação em feiras, eventos e missões técnicas”, explicou.

“Ficamos honrados com a vinda dessa missão técnica. Isso valoriza o trabalho realizado há mais de 10 anos no aprimoramento da apicultura no oeste e também reconhece o comprometimento dos empreendedores desse setor que investem em melhores práticas para ampliar a produção e obter resultados superiores”, comentou o analista de negócios do Sebrae/SC Arildo Jacobus, ao complementar que essa foi a primeira vez que o oeste recebeu uma missão técnica nessa cadeia produtiva.

O consultor credenciado ao Sebrae/SC, Neuri Riboli, acrescentou que a ênfase da iniciativa esteve voltada para a contribuição do associativismo na apicultura. “Mostramos a evolução que Quilombo teve nos últimos cinco anos, com o acompanhamento das consultorias tecnológicas do Sebraetec. Importante realçar que a apicultura é forte desde que haja uma associação do setor atuante, que articula parcerias para questões técnicas e financeiras. Orientamos para que não fiquem dependentes do Poder Público Municipal, Estadual ou Federal e de que façam uma gestão sem interferência política partidária”, relatou. Segundo Riboli, os visitantes ficaram impressionados com as ações executadas.

CONTRIBUIÇÃO

Para o presidente da Associação de Apicultores de Caçador e Região (ACAP), Casemiro Ribeiro Pontes, o objetivo principal da visita técnica junto com os associados foi de contribuir com o conhecimento de todos nos processos de manipulação de produtos apícolas e também com intuito de analisar as estruturas e organizações para a futura unidade de envase e extração de mel em Caçador, que está se projetando junto a Prefeitura Municipal. Uma vez que na região, há aproximadamente 4.500 colmeias cadastradas junto à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), com a necessidade de aprimorar a produção regional.

“Nossa região é ampla na diversidade de flora apícola, e temos empresas reflorestadoras na região que com suas áreas de reservas legais e Área de Preservação Permanente (APP) contribuem com a produção e apoiam os apicultores para utilizá-las. Então, nessa visita, tivemos conhecimento sobre a importância do associativismo, as necessidades legais, estrutura, maquinário e operação”, complementou.

O secretário municipal de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Caçador, Gustavo Kucher Furlin, pontuou que essas missões técnicas são importantes para observar o incentivo ao associativismo, no sentido de tornar as pessoas mais solicitas entre si em prol de um objetivo único. “O Poder Público tem como intenção fomentar qualquer iniciativa que possa conduzir a uma maior qualidade de vida, produtividade e rentabilidade do empreendedor rural. Então, sua responsabilidade é de conduzi-las para que consigam atingir seus objetivos, para que trabalhem em conjunto e possam ter retorno do investimento”, analisou.

Segundo o produtor Mauro Dalanora, do município de Joaçaba, a missão técnica foi muito produtiva. “Em todos os assuntos abordados, tanto no envaze do mel, no sistema de associação que funciona muito bem em Quilombo, quanto na produção de princesa, que é uma forma eficaz de melhorar geneticamente as colmeias. A plantação de canola foi uma grata surpresa, porque ainda não tinha tido contato com essa cultura e achei excelente para produção de pólen e alimento para as colmeias”, observou.

Na propriedade, da Linha Duas Casas, de 360 mil m², atuam na apicultura Mauro e sua irmã Izabel Dallanora e o sócio Fabiano Savi. Eles iniciaram há mais de 30 anos na atividade com cinco colmeias. No fim de 2022 ampliaram para 12 colmeias e atualmente estão com 38. A intenção é ampliar para 60 a partir de fevereiro de 2025. Segundo Mauro, “a primeira colheita na safra 2023/2024 foi muito fraca e prejudicada pelo clima, então, contabilizou 60 quilos. Projetamos para o ano que vem um novo apiário, em uma propriedade de nove alqueires em uma área de floresta, no município de Catanduvas”.

Dalanora ressaltou que o apoio do Sebrae/SC tem sido fundamental para fortalecer a cadeia da apicultura na região. “Para nosso apiário foi excelente, tenho a oportunidade de ampliar em muito nosso conhecimento, sem esse apoio técnico acho que estaria com no máximo 15 colmeias”, comentou ao agradecer também ao Poder Público pelo suporte da Secretaria Municipal de Agricultura.

EMPREENDEDORISMO     

A proprietária do Requinte Restaurante e do Bar e Cozinha, Elizandra Saretto Brunetto, foi uma das empreendedoras que recepcionou os integrantes da missão técnica em Quilombo. Ela empreende na área da gastronomia há três anos e disse que ter o próprio negócio é um caminho sem volta. “Trabalhei 13 anos no escritório contábil, mas meu sonho sempre foi trabalhar na área da gastronomia. Fiz o Empretec, do Sebrae/SC, que despertou algo que estava adormecido em mim”, relembrou.

Elizandra também faz parte do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), de Quilombo, e destacou a importância de investir no turismo e em atrativos interligados. “Nossa comunidade percebe o crescimento no fluxo de visitantes, o que é favorável para toda economia local. Também vejo o trabalho do Sebrae/SC no fortalecimento dessa atividade econômica com grande importância, porque é preciso um suporte técnico para direcionar as ações. Uma vez que os empreendedores se preocupam muito com a execução e o cotidiano, deixando de lado, às vezes, o planejamento estratégico”, finalizou.

 

Acompanhe mais notícias do Sebrae/SC na Agência Sebrae de Notícias e nas redes sociais: Instagram Facebook LinkedIn Twitter Telegram YouTube Blog Site.            


 

Foto 13 – Os visitantes conheceram a Associação de Apicultores e Meliponicultores (AAMQ) sua organização para gestão, processamento e beneficiamento da matéria-prima (Foto: Divulgação).  

Foto 14 – Participaram 35 convidados, entre empreendedores, gestores públicos e representantes de entidades dos municípios de Água Doce, Caçador, Catanduvas, Joaçaba e Luzerna (Foto: Divulgação).

Foto 15 – Participaram empreendedores, gestores públicos e representantes de entidades (Foto: Divulgação).

Foto 16 – Os visitantes também conheceram alguns produtos de empreendedores de Quilombo (Foto: Marci Páz/MB Comunicação). 

Foto 17 – Os visitantes compreenderam a importância do melhoramento genético (Foto: Divulgação). 

Foto 18 – Ainda conheceram uma propriedade que produz canola e aplica técnica de apicultura migratória (Foto: Divulgação).    

 

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

Jornalista Responsável – Marcos A. Bedin – MTE SC 00085-JP

Falta de gás natural no Oeste de SC limita desenvolvimento industrial e competitividade da região Anterior

Falta de gás natural no Oeste de SC limita desenvolvimento industrial e competitividade da região

Os melhores da indústria: Próximo

Os melhores da indústria:

Deixe seu comentário