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Protagonistas da Terra Salva

  • - Mario Eugenio Saturno

Mario Eugenio Saturno


Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot. Com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Deus criou o homem e a mulher e os abençoou: Frutificai e multiplica, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes, sobre as aves e sobre todos os animais que se arrastam. Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.

(Gênesis 1, 26-31)

Deus presenteou-nos com um paraíso, mas não conto que o tornasse impróprio para a vida, ainda mais por ganância. Os recursos do planeta permitem que atingíssemos um nível de desenvolvimento científico e tecnológico suficiente para termos conforto e tranquilidade com a preservação da diversidade da flora e da fauna.

A humanidade está destruindo o planeta e sabemos disso há muito tempo. Em 14 de dezembro de 1962, a Mariner-2 tornou-se a primeira missão interplanetária bem colocada quando passada a cerca de 35 mil km da superfície de Vênus. Descobriram que a superfície do planeta era extremamente quente, ao menos 425 ° C.

Em 1967, quando a Venera-4 entrou na atmosfera com sucesso, descobriram que essa atmosfera era composta de 90 a 95% de dióxido de carbono (CO2). A partir daí, cientistas, entre eles Carl Sagan, que viram o aumento do CO2 na Terra era uma ameaça.

Já em junho de 1972, algumas nações reuniram-se em uma Conferência em Estocolmo para discutir o problema. A necessidade de envolver todas as nações do planeta para definir metas para salvar a Terra tornada-se realidade vinte anos depois no Rio de Janeiro, a Rio-92, a primeira conferência sobre o meio ambiente com a participação de 168 países do mundo.

No começo de novembro último, aconteceu a COP-26 (26ª Conferência das Partes ou 26ª conferência das partes), a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021, em Glasgow, Escócia. Mais uma vez, muitos discursos, mas poucos acordos.

O pior consenso foi apenas reduzir, em vez de eliminar, o consumo de carvão mineral, um dos principais emissores de gases estufa, e que tem a China e a Índia como grandes consumidores. Isso me recorda que a tecnologia dos pellets de restos orgânicos poderia ganhar grandes investimentos nessas nações para substituir o carvão.

Foi aprovado o mercado de carbono, o que deve beneficiar o Brasil. Veremos como será viabilizado. O acordo ainda convoca os países a apresentarem metas climáticas reais antes de 2023, de forma a tornar possível limitar o aquecimento global em até 1,5ºC, uma evolução sobre o Acordo de Paris (2015), que limitava o aquecimento em 2ºC.

No final da COP26, os Estados Unidos e a China, os maiores emissores de gases do efeito estufa do planeta, divulgaram um acordo com o compromisso em trabalhar juntos contra a liberação de carbono na atmosfera. Comprometeram-se ainda em combater o desmatamento ilegal no planeta, o que quer que seja, certamente afetará o Brasil no futuro.

Está muito claro que salvar o planeta é viável e uma questão de "vontade política", aquela que cada cidadão impõe aos seus representantes, cuja consciência nasce pelos apelos de jornalistas, bispos e padres, pastores, professores, sindicalistas etc.


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