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Fabiano pede explicações sobre demolição de escola de quilombolas

  • FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL - Deputado Fabiano da Luz.

O deputado Fabiano da Luz )(PT) destacou, no Plenário da Alesc, que o crime cometido contra a Comunidade Remanescente do Quilombo Invernada dos Negros, em Campos Novos, que teve a sua escola destruída na última quinta-feira (01) não vai ficar sem resposta. Segundo o parlamentar, sem comunicado algum, uma máquina levou abaixo toda a estrutura onde 227 alunos estudavam.

"Não se sabe o que foi feito do material que estava lá dentro ou o que será do futuro destas crianças, mas isto não vai ficar sem resposta." Segundo ele, a empresa ou quem quer que for o responsável pela demolição vai ter que se explicar. "Porque lá se projetava muita coisa, o resgate da cultura, das raízes, a educação de Jovens e Adultos (EJA) e nos dias de hoje, em plena pandemia, é uma crueldade."

Fabiano ressaltou que para qualquer intervenção em área indígena ou quilombola é necessária uma autorização do órgão fiscalizador e responsável, o que pelo jeito não aconteceu, já que o governo do Estado e a Secretaria de Educação não sabem explicar o que aconteceu.

"Os que têm grande capital acham que são os donos do mundo, que mandam em tudo e todos, que são supremos, mas está na hora de saber que existe justiça e que precisam justificar o ocorrido", disse.

O parlamentar contou que neste local havia uma grande área pertencente a um fazendeiro que tinha muitos escravos. Antes de morrer este senhor entregou as terras a três escravas que trabalhavam na sede da fazenda para que dessem andamento de suas famílias, mas sem nunca poder vendê-las. Anos depois, um juiz da Comarca da região atropelou as famílias quilombolas e vendeu parte das terras para uma empresa multinacional.

O deputado disse que as famílias entraram na Justiça e ganharam a causa, obtendo a reintegração de posse e o direito de voltar para a propriedade. "A empresa retirou a plantação de pinus, os quilombolas começaram os seus plantios e o governo do Estado construiu a escola para atender as crianças."

Fabiano pediu respeito à comunidade e ao cidadão pela maneira, pela forma, pela educação e por aquilo que ele é, independente de cor, raça, religião e do capital. "Não se mede o valor de uma pessoa por aquilo que ele tem no bolso e sim pelo que ele tem dentro de si."

Juliana Wilke

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