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DAS CIÊNCIAS DA COGNIÇÃO À CIÊNCIA COGNITIVA - V I I I

  • - Adelcio Machado dos Santos

De acordo com a preleção de Sternberg (2000), cognição consiste no estudo do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação. A cognição trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação.

Um pesquisador cognitivo pode estudar como elas percebem várias formas, o motivo pelo qual recordam alguns fatos, todavia esquecem outros, a maneira como aprendem a linguagem ou como raciocinam quando jogam xadrez ou resolvem os problemas cotidianos.

Por via de regra, as origens das bases mais antigas da pesquisa cognitiva emanam de duas abordagens diferentes à compreensão da mente humana: a da Filosofia, que procura compreender a natureza geral de muitos aspectos do mundo, principalmente por meio da introspecção; e a da Fisiologia, o estudo científico das funções vitais mantenedoras da matéria viva, principalmente através de métodos empíricos (STERNBERG, 2000).

Quando a Psicologia principiava, pleiteando configurar-se área epistêmica, foi considerada, por uns, ramo da Filosofia; e, por outros, ramo das Ciências Biológicas.

Em alguns sentidos, a Ciência Cognitiva pode abranger mais completamente o objeto heurístico em análise.

À medida que a Psicologia se tornou crescentemente a disciplina científica focalizada na personalidade e no comportamento, ela divergiu gradualmente da Filosofia e da Medicina.

Atualmente, embora a Psicologia, a Filosofia e a Medicina estejam essencialmente separadas, não o estão de forma tão completa, pois muitas questões permanecem arraigadas em temas tanto filosóficos quanto fisiológicos, com relação a vários aspectos da cognição.

Os progressos em outros campos também contribuíram para o desenvolvimento do cognitivismo. A emergência da Ciência Cognitiva revela subsídios promanados, precipuamente, da Linguística, a Antropologia e Semiologia, assim como as áreas tecnológicas, como, à guisa de exemplo, as Engenharias e a Computação. De maneira geral, duas estirpes de abordagens têm orientado as pesquisas empíricas sobre os processos cognitivos. Embora enfocando problemáticas diferentes, estas abordagens não são excludentes (MOURA e CORREA, 1997).

A primeira destas abordagens recebe influência da Lógica e da Psicolinguística. Nela, o pensamento ora é visto como um processo dedutivo, ora como uma representação da linguagem. São características deste tipo de abordagem as pesquisas voltadas para o estudo dos modelos semânticos e do raciocínio dedutivo.

A segunda vertente recebe influência dos trabalhos em Inteligência Artificial, sendo o pensamento investigado sob uma perspectiva heurística. São exemplos destas perspectivas os trabalhos com relação à solução de problemas, obtenção de conceitos e raciocínio indutivo.


Jor. Adelcio Machado dos Santos (MTE/SC nº 4155 - JP).


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