Prefeitura de Capinzal recebe novo trator para reforçar os serviços da Agricultura |
Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos Jornalista (MT/SC 4155)
Em primeiro lugar, as modificações climáticas ocupam, hoje, um lugar central nas discussões políticas, econômicas e sociais em escala global. A crise ambiental deixou de ser um tema restrito à esfera científica para tornar-se um dos maiores desafios da contemporaneidade, exigindo respostas urgentes e coordenadas. A aceleração do aquecimento global, resultado principalmente da emissão de gases de efeito estufa, vem transformando ecossistemas, alterando regimes de chuva, elevando o nível dos mares e provocando eventos extremos com frequência crescente. Em face tal cenário, governos, empresas e cidadãos se veem compelidos a repensar seus modos de produção e consumo, reconhecendo que o equilíbrio climático é condição fundamental para a manutenção da vida e do desenvolvimento humano.
No entanto, o impacto das mudanças climáticas manifesta-se de maneira desigual ao redor do planeta. Regiões mais pobres e com menor capacidade de adaptação sofrem de forma mais intensa as consequências das secas prolongadas, enchentes, ondas de calor e perda de biodiversidade. Essa disparidade evidencia a dimensão social do problema e reforça a necessidade de políticas públicas pautadas pela justiça climática, conceito que propõe a responsabilização diferenciada entre países e setores conforme suas contribuições históricas para o aquecimento global. Enquanto as nações industrializadas foram as principais emissoras de poluentes ao longo dos últimos séculos, as populações do Sul Global enfrentam, de maneira desproporcional, os efeitos devastadores do desequilíbrio climático.
Destarte, no âmbito internacional, o Acordo de Paris, firmado em 2015, simboliza um marco na tentativa de conter o avanço das emissões e limitar o aumento da temperatura média global a, no máximo, 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. Ainda assim, o cumprimento das metas estabelecidas depende da vontade política e da efetiva cooperação entre os países. O desafio está em conciliar crescimento econômico, segurança energética e sustentabilidade ambiental. Nesse contexto, o investimento em fontes renováveis, como a solar e a eólica, ganha relevância, assim como o incentivo à pesquisa de tecnologias de captura e armazenamento de carbono e à transição para uma economia de baixo carbono.
Outrossim, o papel das cidades é fundamental nesse processo. Centros urbanos concentram grande parte da população mundial e são responsáveis por significativa parcela das emissões de gases poluentes. A adoção de políticas de mobilidade sustentável, gestão adequada de resíduos e planejamento urbano voltado à resiliência climática pode reduzir impactos e melhorar a qualidade de vida.
Ademais disso, a educação ambiental surge como ferramenta essencial para formar cidadãos conscientes e engajados na construção de um futuro sustentável. Pequenas atitudes cotidianas, como o consumo responsável, a redução do desperdício e a preferência por produtos de baixo impacto ambiental, contribuem para um movimento mais amplo de transformação social.
O setor privado, por sua vez, tem assumido papel crescente nas estratégias de mitigação e adaptação. Empresas de diferentes ramos vêm incorporando práticas de responsabilidade socioambiental, adotando critérios de governança ambiental, social e corporativa (ESG) e reconhecendo que a sustentabilidade não é apenas uma exigência ética, mas também um fator de competitividade. Investidores, consumidores e instituições financeiras pressionam por maior transparência e compromisso ambiental, impulsionando a transição para modelos produtivos mais verdes e circulares.
Entretanto, em face de todas essas dinâmicas, faz-se mister que as modificações climáticas não são apenas um problema ambiental, mas um fenômeno que atravessa dimensões econômicas, políticas e culturais. Elas impõem uma revisão profunda da relação entre humanidade e natureza, exigindo cooperação internacional, inovação tecnológica e mudança de valores.
Em epítome, a luta contra o aquecimento global deve ser compreendida como uma tarefa coletiva e intergeracional, em que o compromisso com o presente está intrinsecamente ligado à responsabilidade com o futuro.
Por final, manter as modificações climáticas na ordem do dia significa reconhecer que o tempo de agir é agora, e que a sustentabilidade precisa ser mais do que um discurso: deve transformar-se em ação cotidiana e em política pública.
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