Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos Jornalista (MT/SC 4155)
Preliminarmente, o mundo amanheceu mais silencioso nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025. Aos 88 anos, faleceu o Papa Francisco, líder espiritual da Igreja Católica e símbolo de uma fé vivida com humildade, coragem e compaixão. Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a assumir o trono de Pedro, partiu após uma prolongada batalha contra problemas respiratórios que o mantiveram hospitalizado nas últimas semanas em Roma. Morreu como viveu: com serenidade, dignidade e rodeado de oração.
Outrossim, desde sua eleição em março de 2013, Papa Francisco marcou profundamente a história da Igreja e do mundo. Quebrou protocolos, rompeu muros invisíveis e fez pontes onde antes havia distâncias. Escolheu o nome Francisco em homenagem ao santo de Assis e, com ele, assumiu um compromisso radical com os pobres, com a paz e com o cuidado da criação. Sua voz se fez eco das periferias do mundo, denunciando as injustiças, a desigualdade, a indiferença, e clamando por uma Igreja em saída — próxima dos feridos da história.
De outro vértice, com um estilo simples, mas com palavras firmes, reformou estruturas internas do Vaticano, enfrentou com coragem temas delicados como os abusos dentro da Igreja, promoveu o diálogo inter-religioso e defendeu com vigor os migrantes, os idosos, os jovens e a dignidade humana em todas as suas formas. Sua encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado da Casa Comum, tornou-se referência ética global no combate à crise climática, e seu magistério pautado pela misericórdia tocou até os corações mais distantes da fé.
Destarte, o Papa Francisco não apenas liderou — ele inspirou. Inspirou padres e bispos a voltarem-se mais para os fiéis do que para os palácios. Inspirou jovens a acreditarem numa Igreja viva, aberta e dialogante. Inspirou homens e mulheres do mundo inteiro a viverem com mais empatia, solidariedade e esperança. Seu sorriso acolhedor, sua firmeza diante do sofrimento alheio e sua fé inabalável deixam uma marca indelével na história do cristianismo contemporâneo.
Em epítome, a comoção é global. Líderes religiosos, chefes de Estado, fiéis e até críticos se curvam hoje diante de um homem que, com sua humanidade, nos ensinou algo profundo sobre o divino. Francisco deixa a Cátedra de Pedro, mas permanece no coração dos que acreditam que a santidade se vive no dia a dia, no olhar terno, no gesto concreto, no perdão ofertado.
Por final, Francisco não será apenas lembrado — será celebrado; porquanto sua luz não se esmaece com o óbito, mas fica entre nós como a luz de um santo.
Vatican Pool/Getty Images
O TEMPO jornal de fato desde 1989:
https://chat.whatsapp.com/IvRRsFveZDiH1BQ948VMV2
https://www.facebook.com/otempojornaldefato?mibextid=ZbWKwL
https://www.instagram.com/invites/contact/?igsh=4t75lswzyr1l&utm_content=6mbjwys
https://youtube.com/@otempojornaldefato?si=JNKTM-SRIqBPMg8w
Deixe seu comentário