Prof. Evandro Ricardo Guindani Universidade Federal do Pampa - Unipampa
Olá! Ao falar de milionários, não estou falando de você que possui uma casa, um carro e talvez uma pequena ou média empresa, nem tampouco uma fazenda ou lavoura. Falo de um grupo que representa 0,2% dos mais ricos da sociedade brasileira.
No dia 29/10/2024, o Instituto de Pesquisa em Economia Aplicada – IPEA, publicou em seu site a matéria intitulada: “Milionários têm taxa tributária menor, mesmo considerando impostos sobre lucros de empresas”
Você deve ter acompanhado as reações do tal deus-mercado que ficou furioso com a possibilidade de aumento de impostos para super ricos. Pois é, eles não querem ser incomodados no conforto de sua mega riqueza.
De acordo com pesquisa realizada pelo IPEA, existem muitos privilégios fiscais concedidos historicamente, “como a isenção sobre rendimentos de pessoas que estão no topo da distribuição de renda do país, como aquela aplicada a lucros e dividendos, que representam a principal fonte de renda para pessoas que ganham acima de R$ 1 milhão anuais.”
A referida pesquisa considera que é de suma importancia que haja uma reforma “para combater desigualdades, fazer uma distribuição mais justa e tornar o Brasil mais potente e eficiente economicamente no cenário internacional.”
Percebemos que, de acordo com os pesquisadores, a taxação de grandes fortunas não tem nada a ver com comunismo ou esquerdismo, é uma necessidade para que haja um desenvolvimento socioeconomico no país.
Crescimento econômico deve vir acompanhado de desenvolvimento social, de melhor qualidade de vida, de melhor alimentaçao, moradia, educação, saúde. Os trabalhadores assalariados, pequenos comerciantes e empresários estão sendo esmagados por esse sistema econômico que favorece quem apenas vive do lucro sobre o trabalho dos outros.
Dados são da ONG britânica Oxfam de 2017 revelaram o enorme fosso entre ricos e pobres no Brasil. Segundo o Relatório, seis pessoas mais ricas do País e concentram a mesma riqueza dos 100 milhões de brasileiros mais pobres.
Você não acha que tem algo de errado nisso? E ainda você culpa os pobres, dizendo que famílias pobres não podem ter muitos filhos? Você percebe que não está enxergando o verdadeiro problema do país?
Temos que parar de ficar com aquele discursinho de que é a educação que salva um país, e denunciarmos que a concentração de renda é o que mata um país, que suga a energia dos trabalhadores, sejam eles da roça ou da cidade, pequenos e médios empresários, produtores rurais...
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