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Natal e virada de ano: experiência ou aparência?

Prof. Evandro Ricardo Guindani Universidade Federal do Pampa - Unipampa

No campo das ciências da religião, a experiência religiosa tem a ver com a experiência do sentido. Nós humanos, temos uma necessidade de dar sentido às coisas que fazemos, à vida. A experiência religiosa é uma das experiências, dentre outras, que pode ser um caminho em busca do sentido da vida, da existência. E isso é uma experiência essencialmente individual, ninguém pode te ensinar ou te explicar. Só conhece quem experimenta, é um processo de dentro para fora.

É visivel que vivemos em um sociedade onde a aparência é algo muito valorizado, e às vezes, essa cultura pode distanciar o indivíduo dele mesmo, da sua subjetividade, e do sentido mais profundo da própria vida. A cultura da aparência é irmã da superficialidade, do imediatismo, do prazer momentâneo é algo efêmero, por isso, as pessoas buscam várias doses de prazer, seja por meio da comida, bebida, pornografia, consumismo, etc....

Falo agora do natal e final de ano, mas podemos falar de vários outros momentos celebrativos vivenciados por diferentes denominações religiosas.  O que quero destacar é que na essência, essas datas e rituais religiosos podem ou não, conduzir o indivíduo a um processo reflexivo. Principalmente por ser uma data comemorada no final do ano, o natal e virada de ano, podem ser momentos de reflexão sobre o sentido daquilo que vivemos no ano, e o sentido que queremos dar ao futuro do próximo ano.

Por outro lado, a cultura da aparência, irmã gêmera da superficialidade, pode levar o individuo a priorizar o consumismo, uma corrida à escolha do presente para tal pessoa, a preocupação se vai ganhar ou não tal presente do esposo, esposa, filho, etc... Percebo uma correria em busca de jantares, confraternizações, o que é saudável pois promove o encontro,  o diálogo, mas tambem pode ficar apenas no nível da aparência.

Antes de ir a uma comemoração, um jantar, o indivíduo se preocupa com a roupa, com o presente que vai levar ao anfitrião. E quando chega na festa, a preocupação é gravar vídeos para postar em rede social, e quando permanece na festa, vai apreciar nas redes sociais, as postagens dos conhecidos que estão em outras festas. Paralelo a isso, bebem compulsivamente, embriagados cantam, dançam, gritam. Vão de arrasto pra casa, desmaiam na cama, sem nem mesmo ter trocado de roupa. Acordam com a ressaca de suscessivas doses de prazer momentâneas e efêmeras. E antes mesmo do café, voltam a pegar o celular para ver o que foi postado no momento em que você porventura não olhou o celular na festa de ontem...

Desejo que você possa sim comemorar, festejar neste natal e virada de ano, mas que também tente vivenciar uma experiência e não apenas momentos de aparência. Duas simples perguntas podem te levar a uma experiência de final de ano: O que e porque eu fiz isso em 2024... O que e  porque quero fazer determinadas coisas em 2025?


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