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COMO EDUCAR AS NOVAS GERAÇÕES? Professor Me. Ciro José Toaldo

Essa pergunta feita por minha sobrinha, Maria Emília, relacionada em uma tarefa de Filosofia, levou-me a refletir e escrever sobre a temática!

Inicialmente penso na geração na qual fui formado, sendo meus alicerces fundamentados no ‘berço familiar’, ou seja, toda educação recebida adveio diretamente de meus pais, avós e de uma imensa família que contribuiu nesta formação, tanto no lado paterno como materno. Neste sistema educacional as regras eram rígidas e, quando não respeitadas, havia punições! Inserido neste contexto, infância, adolescência e juventude foram às fases que contribuíram para aprimorar a experiência de vida! Não tenho dúvidas que neste dinamismo entre afeto, carinho, determinação e rigidez asseguraram as conquistas na fase adulta e, com a maturidade foi possível fazer um ‘diferencial’, ter um ‘nome’ e ganhar prestígio por todas as esferas do convívio social.

Entretanto, na atualidade em meio às conturbações, há quem sequer conheça seus pais, assim estes não tem como parâmetro essa questão de ‘berço’.

Nesta perspectiva, como professor de jovens, percebo o quanto faz falta este estilo de educação que recebi! Voltar ao passado ou repetir fórmulas não é o caminho; contudo a questão parte do pressuposto que as novas gerações estão sem diretriz, sem pulso firme, sem limites e sem determinação e, sobretudo poucos contam com guias que demonstrem com segurança que na trajetória existencial não se encontra tudo pronto e acabado!

Na ânsia de caminhar sem rumo, infelizmente muitos adentraram na brecha mais árdua, que entendo ser a de apenas receber o ‘peixe’, sem precisar pescá-lo. Com outras palavras, não foram ensinados a valorizar o conquistado e nem ter vontade e desejo em trabalhar com as próprias mãos ou com sua mente para angariar, não apenas bens materiais, mas essencialmente em saber cultivar aspectos relacionados à boa conduta moral e ética e os demais valores que contribuem para a plena e salutar convivência social.

Outro aspecto para ressaltar neste quesito da educação das novas gerações, volta-se para a questão familiar vinculada ao respeito e valorização dos seus ‘troncos’, ou seja, a origem de suas próprias famílias, na complexidade de estilos familiares, pouco importando quem são seus ‘troncos’ na dimensão de sua árvore genealógica, assim, acabam nem tendo vontade em conhecer sua própria história!

Educar as novas gerações é um gigantesco desafio de nosso século! E, essa responsabilidade não pode ser jogada exclusivamente para o âmbito escolar. Infelizmente a maioria das famílias está atribuindo essa tarefa exclusivamente aos educandários e, essa via irá trazer consequências funestas! Além desta prerrogativa, existe uma gama de ações que deveriam ser feitas em vários setores da sociedade! Mas, o que se pode esperar de uma sociedade doente e corrompida? Doente por ser vinculada aos famigerados bens materiais; corrompida por deixar de lado os bons e nobres valores que a dignificam. E, também há as políticas ideológicas de governos que corroboram com o comodismo e a alienação. Mediante tais constatações, pensar na educação dos mais novos que serão responsáveis pelo futuro, torna-se algo ainda mais dramático!

Quiçá, aja força e coragem para se demonstrar para essa nova geração que nem tudo se perdeu e existe luz no final do túnel! É preciso lembrar que existem criaturas preocupadas em deixar seu legado; há famílias que valorizam seus ‘troncos’ e demonstram há necessidade de se traçar caminhos alicerçados nos bons exemplos. E, um recurso fantástico são os ensinamentos do Mestre de Nazaré e sua pedagogia de vida que contribuem e ajudam na educação da nova geração que está necessitada de ajuda e estimulo!

Pense nisso, até o próximo!

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