Audiência pública promovida pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa

O Deputado Dr. Vicente (PSDB) presidiu na manhã de hoje (30) a audiência pública promovida pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa que analisou as questões relacionadas ao combate ao Aedes aegypti. O mosquito é o transmissor da dengue e de doenças infecciosas como a febre chikungunya, zika vírus e síndrome de Guillan-Barré deixou Santa Catarina em alerta.

"Foi uma forma de a Assembléia trazer para o debate público a responsabilidade dos órgãos do Estado e Fazer um balanço do que foi feito e o que precisa ser colocado em prática", comentou Dr. Vicente.

Atualmente existem cinco municípios catarinenses em situação de epidemia de dengue e outros 34 em classificados como infestados. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde houve 2.204 casos confirmados de dengue no estado até o dia 26 de março. Destes 1.997 casos (91%) são autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do Estado.

Os cinco municípios em situação de epidemia (com mais de 300 casos em cada 100 mil habitantes) são Pinhalzinho, Serra Alta, Descanso, Bom Jesus e Coronel Freitas, todos no Oeste catarinense. A situação mais grave é de Pinhalzinho com 1.561 casos (78,2% do total). Até o momento foram registrados focos do Aedes aegypti em 119 cidades, totalizando 3.500 focos em 2016.

Este ano foram constatados 17 casos de zika vírus confirmados e três suspeitas de microcefalia em recém-nascidos. Em Chapecó ocorreu a primeira morte por dengue grave.

O diretor da Dive, Eduardo Macário, classificou a situação como muito preocupante. "Estamos em alerta. Não podemos dizer que é uma situação tranquila porque a incidência do mosquito ainda é crescente, embora muitos municípios estejam atuando pela eliminação dos focos do mosquito".

Dr. Vicente destacou que algumas prefeituras estão com dificuldades para cumprir as metas traçadas pela Secretaria de Saúde. "Justamente em alguns municípios do Oeste é onde mais está ocorrendo os casos de dengue e devemos ser mais enérgicos nessas situações", disse.

Este ano a dengue aumentou em 26% em relação a 2015. Para o Parlamentar a Legislação deve ser mudada e medidas mais duras devem ser adotadas. "A partir desta Audiência Pública os órgãos oficias irão repassar as necessidades de mudanças das leis para que o Parlamento possa agilizar os trabalhos", declarou.

Acima de tudo, para o Deputado Dr. Vicente, temos que ter metas de saneamento básico. "Isso é colocado em segundo plano por que obras embaixo na terra não são lembradas e muitos administradores acabam deixando de lado ações importantíssimas que tem tudo a ver com a situação da dengue", completou.

O deputado finalizou reforçando que se cada um fizer a sua parte e se as pessoas colocarem a mão na consciência o problema será controlado, o Brasil gastará menos e as pessoas vão contrair menos doenças.

--

Flavio Vieira Júnior
Jornalista