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Zonta pede mais dinheiro para crédito rural

Zonta pede mais dinheiro para crédito rural em 2005

Crédito rural suficiente e liberado na época correta será essencial para manter o desempenho da agricultura em 2005 assegura o deputado federal Odacir Zonta (PP/SC), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), ao alertar que a redução dos preços médios das commodities e a quebra de safra, em 2004/2005, podem provocar inadimplência no pagamento das parcelas de custeio e de investimento.
Lembra que muitos produtores empolgados com as boas projeções para a comercialização, fizeram investimentos pesados, mas enfrentaram queda de rentabilidade no ano passado, o que comprometeu a capacidade de pagamento. Por este motivo, será preciso adotar políticas de sustentação de preços na nova safra, para impedir maiores comprometimentos da renda rural.

        Zonta defende o aumento das exigibilidades bancárias (parte dos depósitos à vista destinado ao crédito rural) para viabilizar a concessão de maior volume de crédito para custeio e comercialização, com juros equalizados. A proposta continua em pauta para 2005 como estratégia para garantir maior volume de crédito controlado ao setor rural.

       O parlamentar defende a desburocratização e o acesso facilitado ao crédito rural, assim como adequação dos limites de financiamentos às reais necessidades do setor. Aponta, também, para a necessidade de simplificação do processo de acesso ao crédito agrícola: pelas regras atuais, o produtor rural precisa apresentar ao banco 47 certidões diferentes quando solicita qualquer linha de financiamento.
        O parlamentar lembra que o volume de crédito rural oferecido no Plano de Agrícola e Pecuário 2004/2005 frustrou mais uma vez os produtores rurais brasileiros. Em face da necessidade de liberação de R$ 56,2 bilhões para custeio e comercialização, com juro eqüalizado de 8,75%, o Governo anunciou que seriam alocados apenas R$ 17,7 bilhões em crédito com juro controlado, 32% menos do que o necessário.
        Simultaneamente, o Governo ampliou o volume de crédito a juros livres, de R$ 5 bilhões, no plano de safra 2003/2004, para R$ 11,05 bilhões, no atual ano agrícola, com  crescimento de 121%. Crédito a juros livres já eram disponíveis, porém com taxas muito elevadas, acima da capacidade de pagamento do setor rural. A escassez de crédito a juros controlados ganhou contornos mais críticos em 2004 porque também foi reduzida a oferta de financiamentos para custeio com fontes de alternativas, como os contratos de soja verde e as CPRs de gaveta.

        Odacir Zonta reclama que os limites de crédito para custeio foram mantidos inalterados em relação a 2003/2004. Boa notícia foi a implantação do seguro rural, com a publicação do Decreto 5121, de 26/06/2004, que regulamentou a Lei 10.823/03. O seguro rural começa a ser operado na safra 2004/2005, atendendo às culturas de milho, maçã e soja, com alocação de R$ 18,8 milhões, mas apenas R$ 2 milhões sendo efetivamente aplicados. Será utilizada pequena parcela do montante alocado devido à divulgação tardia dos normativos para a operacionalização do seguro, quando mais de 80% da safra já estava semeada.

 

Deputado federal Odacir Zonta

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