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Vereador questiona a imparcialidade da imprensa de Joaçaba

Indignado com a tentativa de cobrança por parte de alguns veículos de comunicação, pela divulgação do que acontece no Legislativo de Joaçaba, o Vereador Líder do Governo Ademar Japão Beloto (PMDB) questionou na tribuna a ética, a transparência e a imparcialidade da imprensa da região.

?Os jornais pedem dinheiro para a cobertura do que acontece aqui na Câmara, mas quando o assunto é ruim, fazem questão de publicar de graça?, comentou o Vereador. ?Hoje temos apenas a Rádio Catarinense presente em todas as sessões. No passado, outros veículos ainda participavam do Legislativo Municipal?, finalizou.

José Junqueira de Carvalho (PMDB), Presidente do Legislativo explicou ao colega Vereador que alguns jornais têm publicado parte do material distribuído pela assessoria de imprensa da Câmara Municipal. Comentou também que um dos tripés do Poder Municipal é a transparência, que está sendo mostrada à população por meio das transmissões ao vivo das sessões, simultaneamente pela Rádio Catarinense e TV Câmara (Net Canal 27).

?Os jornais já ofereceram vários tipos de cobertura paga, mas a Câmara Municipal não tem dotação para isso, somente para publicações legais, que após um estudo de menor preço, foi escolhido um semanário local para as publicações?, explicou Junqueira. ?Ainda, para a transmissão ao vivo das sessões na Rádio Catarinense, nós buscamos parcerias junto às empresas para que as sessões fossem ao ar?, explicou o presidente.

Câmara aprova suplementação de 933 mil em Joaçaba

O polêmico projeto de suplementação de R$ 933.300,00 para pagar as despesas com terceirizados na Prefeitura Municipal de Joaçaba foi finalmente votado favorável, com 5 votos contra 4.

Ainda em setembro, o projeto foi retido pelo vereador do PV, Fabiano Piovesan que solicitou à Prefeitura uma explicação melhor das suplementações, acusando a administração de desorganizada. Nas comissões, o projeto passou todo o período regimental, e não teve tempo para voltar à pauta ainda durante o mesmo mês.

No primeiro bloco de Outubro, os vereadores votaram o projeto, que ainda rendeu muita discussão. Piovesan continuou questionando a administração de Joaçaba. ?É um gasto excessivo com terceirizados. Das secretarias das quais estão sendo tirados valores, os próprios secretários estão reclamando que não têm verbas...?, questionou.

Sueli Ferronato, do PT, também questionou o projeto, que segundo ela não dá fins certos às suplementações. ?Por exemplo, nós estamos tirando R$ 25 mil da intendência de Nova Petrópolis. Por que não suplementar para ser utilizada a quantia no mesmo local? Ainda, são R$ 10 mil anulados do terminal rodoviário, que vem passando por sérios problemas já comentados aqui nesta casa. R$ 150 mil da construção da biblioteca pública, que brigamos aqui no ano passado para utilizar a mesma verba para as creches...? Sueli anunciou que, um estudo realizado por ela mostrou que a Prefeitura Municipal de Joaçaba gastou entre janeiro e fevereiro de 2006, um montante de R$ 600.000,00 somente com contratações de terceirizados.

Para o presidente da Câmara, José Junqueira (PMDB), o processo é simples. ?É uma adequação no orçamento, apenas isso. Anulamos de um lado e suplementamos de outro?, explicou. Foi Junqueira quem deu o voto Minerva para a aprovação do projeto, após o empate entre as bancadas da situação e oposição.

Talvez o discurso mais enfático da noite, foi do vereador do PMDB e líder do governo Ademar Japão Beloto. Mesmo não deixando de votar a favor do projeto, Japão concordou com os colegas da oposição de que em alguns pontos as terceirizações precisam ser revistas. ?Elogio aqui na tribuna o vereador licenciado Ademir Righi, pela liderança e por enfrentar os problemas que tem enfrentado à frente da Secretaria de Administração. O lixo, por exemplo, serviço prestado pela empresa Tucano, deve permanecer. Mas tem terceirizações que têm que ser revistas no início do próximo ano. Prometo, em janeiro próximo, rever todos os terceirizados que não interessam à Prefeitura de Joaçaba?, comunicou.