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Homenagem de sua sobrinha: Carmen Torin

Um grito de dor, desespero, tudo acabou... o anjo negro da morte levou minha tia, tão querida por todos que a conheciam, foram dias difíceis para os seus filhos, parentes e amigos. Mulher guerreira, batalhadora, acolhedora, uma verdadeira heroína, sempre pensando no bem-estar das pessoas que com ela conviviam, eram netos, bisnetos, sobrinhos.

Com a sua fé e o coração religioso ela deixou plantado em cada um deles a semente forte e sensível do amor. Amiga e Companheira.

Chegou aos 86 anos de idade com uma lucidez de causar inveja. Viúva, exercia o papel de mãe, pai e avó, apesar de tudo, nunca deixou transparecer o sofrimento, a tristeza. Passava uma imagem para seus filhos, que em nenhum momento de sua vida deixaria de lutar para alcançar os seus objetivos.

Sabe tia ou Dona Elvira Frigo Varela (assim que ela era chamada), quantas lições de vida você deixou. O que está ajudando a aceitar a sua morte é a certeza que a Senhora passou desta vida para uma bem melhor.

A morte é um momento de solidariedade, conforto, carinho, perda de quem vai e para nós a saudade e a dor.

Agora eu entendo esta vida.

Tudo tem sua hora,

Tem seu tempo certo

Nada vem.

Nada vai,

Antes da hora,

Antes do tempo...

Ninguém pede,

Ninguém ganha...

Nada nasce,

Nada morre...