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Programa de Diversificação do Desenvolvimento

Programa de Diversificação do Desenvolvimento Sócio-econômico de Capinzal, Ouro e Zortéa e o papel da universidade

A reunião aconteceu na data de 29 de março, na Câmara Municipal de Ouro, com início às 14 horas, contando com as presenças de José Camilo Pastore/prefeito de Ouro, Nadir Margarida Nardi/vice-prefeita, Danilo Deitos/Presidente da Câmara Municipal, Valêncio José de Souza/empresário e vice-presidente da ACIRP, Euclides Celito Riquetti/Secretário de Educação de Ouro, Maria Lucinda Corcetti/Secretária de Educação de Capinzal, Mirian Riquetti/técnica da Secretária de Educação de Ouro, Sargento Adelar Lucas de Melo/Comandante da Polícia Militar, José Mauro Lehmkul/da Unoesc, Naudi Buselatto/Secretário de Agricultura de Ouro, Alcides Borges/Gerente da Cooperavisu filial de Ouro, Hélio Basei/da Epagri de Ouro, Vilmar Reck/representante da Epagri Capinzal. As três mesas redondas realizadas até hoje discutiram, de modo geral, as idéias que fundamentam este programa, sua importância e oportunidades para a região e os temas ? problemas e assuntos que poderiam ser trabalhados na implementação do mesmo. Após esta caminhada inicial faz-se necessário, segundo a comissão, de um melhor direcionamento e foco do programa, evitando que se fique só no geral e se adentre a segmentos e áreas específicas. Ao mesmo tempo, deve-se esclarecer que este programa visa tão somente ajudar a região (Capinzal, Ouro e Zortéa) e se organizar melhor proporcionando um desenvolvimento mais diversificado e sustentado. Ou seja, visa apoiar as entidades, organizações e empresários, que há muitos anos lutam por estas causas, e ser uma força a mais na organização e dinamização do desenvolvimento sócio-econômico. Além disso, este programa visa também o despertar do interesse produtivos em novos investidores e empreendedores comprometidos com a criação de parcerias. Para que isto ocorra há necessidade de se fomentar o associativismo e nele a auto-estima das pessoas e o olhar para os outros com potenciais parceiros, na perspectiva de formação de grupos de empreendedores por nichos produtivos. Na necessidade do melhor direcionamento e foco do programa, a Comissão optou em iniciar pelo setor agrícola e nele, particularmente, pela agro-industrialização familiar, deixando para um segundo momento outras áreas, como as da indústrias, turismo, comércio, etc. No próximo dia 27 de abril, quarta-feira, será realizado um fórum específico com os envolvidos e interessados do setor agrícola. Os convidados são todas as pessoas que têm interesse na industrialização e agregação de valores aos produtos do meio rural. Na ocasião, após fala e discussão inicial sobre associativismo, os participantes do fórum serão divididos por nichos produtivos (leite, bebidas, peixe, gado de corte, frutas, hortaliças, etc), colocados em salas específicas e oportunizadas discussões sobre as devidas oportunidades de cada setor e os procedimentos para a organização e dinamização do mesmo. Espera-se que este seja o primeiro momento de vários encontros entre os envolvidos, seguindo outros organizados e executados pelos mesmos, com apoio técnico logístico deste programa. Síntese das idéias e sugestões propostas nas mesas-redondas1. A região (Capinzal, Ouro e Zortéa) deve ser considerada o ?nosso território?. A concorrência se daria a outros territórios, tornando-nos parceiros tanto nos investimentos quanto nos empreendimentos, deixando de ser ?eu? para sermos ?nós?. 2. Devemos ter um melhor conhecimento do que podemos. A sugestão seria a de se elaborar um mapeamento sobre as possibilidades econômicas da região, identificando-se os principais nichos existentes e os que poderiam ser criados, levando em consideração as vocações da região. Estas não vêm, necessariamente, ao mural. Precisam ser discutidas, construídas e assumidas. 3. Os pequenos proprietários rurais necessitariam diversificar mais suas atividades produtivas e, principalmente, agregar valor aos produtos ?in natura?. Para que isto ocorra há necessidade de se juntar esforços no sentido de capacitação, acompanhamento e assessoria.4. Sugere-se um trabalho permanente de incentivo ao associativismo e de formação de consórcios entre os pequenos e médios empresários e produtores rurais. O associativismo por segmento é o caminho para o desenvolvimento conjunto. 5. Há problemas no financiamento aos proprietários rurais e aos pequenos e médios empresários. Há necessidade, portanto, de um trabalho neste sentido e de busca da ampliação das alternativas e da capacidade de financiamento. 6. Sugere-se a existência de um órgão, que dê toda a orientação à criação de pequenas empresas e de consócios e que os acompanhe tecnicamente nos primeiros meses de existência, podendo ser no formato de agência municipal ou intermunicipal de fomento ou de desenvolvimento. 7. Deve-se dar especial atenção às leis que controlam o desenvolvimento sócio-econômico, em especial, sobre o saneamento ambiental.8. Sugere-se a discussão sobre a implantação de parques industriais e seus focos produtivos para determinar as estratégicas mais adequadas. 9. À Universidade caberia oferecer cursos de graduação nas áreas vocacionadas da região, cursos politécnicos, cursos de extensão, qualificar as pessoas na gestão das pequenas empresas, oferecer treinamentos em atividades econômicas diversificadas, fomentar pesquisas sobre a região e, principalmente, ser um elo de integração e de capacitação humana para toda a região. 10. O turismo em nossa região é potencial. É possível aproveitar e até conseguir aumentar o tempo médio de permanência dos turistas de Piratuba, bem como atrair outros, oferecendo mais atrativos, como passeios de trem, visitas a locais históricos (igreja, ponte pênsil), barragem, cascatas, grutas, indústrias caseiras de doces e queijos, promovendo o embelezamento das cidades e outros. Sugere-se a criação de um conselho intermunicipal de turismo. 11. Discutir e encontrar uma alternativa para a problemática de alcance territorial dos produtos em função da sua rotulagem, com a redução de barreias comerciais e sanitárias dentro da região de abrangência. 12. Estabelecer cadeias produtivas complementares na região e não necessariamente, no município. 13. Desenvolver projetos comuns para busca de recursos públicos para saneamento e desenvolvimento e buscar ações padronizadas na busca da solução de problemas (saúde, segurança, bem estar...).14. A região deve participar politicamente em instituições e instâncias decisórias mais abrangentes.Sugestões Pontuais para o setor agrícola:1. Os pequenos produtores rurais podem ser organizados num sistema de agroindústria, pequenos abatedouros e, por exemplo, para utilizar chiqueirões para confinamento.2. O interior precisa de infra-estrutura. Podem ser utilizados financiamentos do projeto Microbacias.3. O produtor rural passou a ser prestador de serviços e deixou de administrar a propriedade, conseqüentemente, de produzir.4. A falta de recursos para investimentos em tecnologia de beneficiamento/manufatura não permite agregar valor ao produto primário, sendo necessário investir em tecnologias de produção.5. Investir na diversificação das propriedades rurais.6. Precisa-se implantar transporte coletivo nos meios rurais para permitir o acesso ao trabalho urbano sem a necessidade de deixar a propriedade.7. Os trabalhos de conclusão de curso de alunos formandos da Unoesc podem ser socializados com pessoas interessadas na implantação de negócios.8. O jovem do campo deve receber capacitação técnica e de gestão.9. Uma forma de vincular o agricultor à terra é através do desenvolvimento de sua auto-estima. 10. Criação de uma escola agrícola na região.11. Deve ser incentivada a implantação de um frigorífico de peixes na região.12. Implantação de fábrica de ração. Para o setor de turismo:1. A (principalmente Zortéa) pode aproveitar o potencial do turismo rural, com a utilização do lago (pesca, passeios de barco).2. Podem ser criados condomínios fechados e hotéis de lazer à beira do lago, mas precisa-se de infra-estrutura, como limpeza do Rio Pelotas, através de parceria entre a geradora de energia, os órgãos públicos e as madeireiras da região. Também é necessário investir no povoamento do lago.Para o setor industrial: 1. O ramo metal-mecânico está em franco crescimento na região, mas a mão-de-obra é escassa. Pode-se implantar uma unidade do SENAI na cidade, com aulas teóricas na Unoesc e práticas nas empresas.2. Os alunos dos cursos de Engenharia que residem na região devem ser incentivados a fazer seus estágios em Ouro, Zortéa e Capinzal.3. Criar empresas piloto, com a participação do capital (investidor) e do trabalho (empreendedor). 4. As empresas da região precisam ser capacitadas.Para o setor social:1. Há empresas de investimentos na área social, como p.ex. em creches e escolas.2. Precisa-se investir em saneamento básico.3. Há carência de moradias na região. Precisa-se de investimentos em construção civil, bem como de qualificação dos profissionais do ramo.4. A inclusão digital é necessária para inserir a população na modernidade.5. É necessário fortalecer as entidades representativas da região (p, ex. associação comercial). Obs: Recebemos esse material informativo na data de 06 de abril, proveniente da Universidade do Oeste de Santa Catarina ? Unoesc Extensão Administrativa de Capinzal, assinado pelo professor José Mauro, em nome da Comissão Organizadora.
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