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Presidente do Sindicarnes

Presidente do Sindicarnes não observa maiores quedas no valor do suíno

      Concórdia, 18 de abril de 2005 ? ?A oscilação dos preços é normal, a suinocultura é um negócio como qualquer outro e os valores mudam como muda também o valor do milho, da soja e outros insumos?. Esta é a afirmação do Presidente do Sindicato das Indústrias da Carne, Sindicarnes, Paulo Ernani de Oliveira, sobre a redução dos R$ 0,10 no valor pago pelo suínos vivo em Santa Catarina. A suinocultura tem a característica de ser uma atividade de longo prazo, de ciclo operacional longo, onde o produtor inicia a produção num momento e vai colher em outro. Oliveira fala isso com propriedade, pois está na suinocultura há mais de 30 anos e pode observar que o suinocultor tem que ter o máximo de produtividade, fazer o melhor possível e com constância, ?ele não pode ter uma produtividade muito maior do que a sua capacidade e nem entrar e sair deste mercado conforme o preço sobe ou desce, quem faz isso normalmente perde?, explica. O presidente do Sindicarnes observa que há produtores abandonando a atividade e outros prosperando. ?Quem prospéra é quem tem uma constância na produção, produz muito bem na época em que está ruim ou está bom?. Oliveira afirma que neste sentido, o suíno pode cair R$ 0,10 como subir R$ 0,10, R$ 0,15 ou mais e assim vai ser sempre, ?as pessoas tem que se acostumar com isso. O que leva a pagar mais ou menos é a oferta e demanda do mercado?, explica. Paulo Ernani de Oliveira comenta que um dos motivos pela variação no preço do suíno, é com relação ao mercado interno que está menos demandado. Normalmente nos meses de janeiro à abril, coincide com algumas situações que contribuem contra o consumo e os preços de carne no Brasil: Uma é a Quaresma que tem um consumo menor e acaba resultando em estoques e represamento de mercadorias; a coincidência de gastos que aumentam muito nesta época do ano, como IPVA, IPTU, início das aulas, principalmente em grandes centros, onde a concentração de população é maior e consequentemente é maior também o consumo; prestações que as pessoas fizeram no final do ano e que culminam no pagamento nesta época; véspera do aumento do salário mínimo porque os assalariados só irão receber no final de maio, mesmo sendo muito pouco, exerce uma influência muito grande sobre a massa salarial brasileira. ?Tradicionalmente, os piores meses, para quem produz artigos de consumo, é março e abril, imaginamos que o mercado interno deve melhorar e mantendo estável a exportação, os preços tendem a se manter em bom nível como nos últimos tempos?, afirma.O representante das Agroindústrias, comenta que o Sindicarnes está trabalhando bastante para abertura de novos mercados. Os já tradicionais oscilam muito, por isso da importância de orientar os produtores de não aumentar os seus plantéis sem ter garantias de onde comercializar. Paulo Ernani diz que as agroindústrias têm controle sobre seus plantéis, as empresas sabem o que podem absorver, ?mas quem vai criar sem saber para quem vai vender, tem que ter um cuidado maior?, afirma.Com relação a 2006, o líder observa que haverá uma produção maior que em 2005. Se vai ter crise ou não, depende dos mercados. No caso do Brasil, se houver um crescimento semelhante ao de 2004 e 2005, pode ser que seja absorvido com a abertura de novos mercados, ?este equilíbrio é importante, se aumentar é necessário que tenham mercado para absorver esta produção?, finaliza.
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