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Piso estadual de salários

Piso estadual de salários leva movimento sindical catarinense à rua

Chapecó (17/7/2008) - Centrais sindicais e Federações de trabalhadores de Santa Catarina, representando mais de três milhões de trabalhadores, estão deflagrando campanha para a institucionalização do piso estadual de salário. Encontro realizado na noite de quarta-feira em Chapecó tratou da organização de panfletagem e um ato público macro regional previsto para o início do mês de agosto em Chapecó.

 

A reunião promovida no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó - Siticom contou com a presença de dirigentes sindicais de Chapecó e região. Em Chapecó, a exemplo de eventos semelhantes no grande Oeste, a coordenação esteve sob responsabilidade dos presidentes estaduais da Central Única dos Trabalhadores - CUT Neudi Giachini e da Nova Central Social dos Trabalhadores - NCST Altamiro Perdoná.

 

Para a presidente do Siticom Izelda Teresinha Oro o movimento é necessário ?para pressionar o governo do Estado? a encaminhar projeto de lei à Assembléia Legislativa estabelecendo o piso estadualizado. A proposta do movimento sindical prevê quatro faixas salariais entre R$ 524,20 a R$ 606,11 para as mais diversas categorias. Giachini disse que a criação do piso estadual ?vai beneficiar mais de 400 mil trabalhadores atualmente desorganizados?, injetando R$ 300 milhões por ano na economia do Estado.

 

Perdoná lembra que nove estados brasileiros, entre eles o Rio Grande do Sul e o Paraná já tem seus pisos em vigor. ?Santa Catarina está ilhado, mas nós vamos mudar esta realidade?, garante para acrescentar que o movimento sindical ?quer respeito?. A campanha de mobilização será feita através de out doors instalados em todas as regiões do Estado, cartazes, panfletagem e atos públicos. O evento de Chapecó está sendo organizado por uma comissão já criada para ocorrer no dia 7 de agosto, com expectativa de público estimado em 500 pessoas.

 

Com os atos a serem realizados em nove macrorregiões do Estado os promotores querem sensibilizar o governo catarinense a encaminhar o projeto. Caso não surta os efeitos esperados, manifestação unificada gigante vai acontecer em Florianópolis no dia 4 de setembro. A liderança sindical mostra que entre os benefícios, o salário mínimo estadual força negociações de pisos bem melhores para todas às categorias organizadas.

 

JC Linhares

Assessoria Autônoma

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