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Ouro: capital do associativismo
Moinhos ainda geram riquezas
O mencionado moinho existe há 15 anos, antes era de propriedade de Itacir Moresco, porém, fazem sete anos que Beviláqua adquiriu esse empreendimento. Para tanto, vendeu a propriedade rural na localidade de Nossa Senhora da Saúde, onde atuava na atividade de produção de leite de gado e de hortaliças. Casado com a Sra. Ivone Maria Morosine Beviláqua, com quem tem duas filhas: Rejane e Roselaine. Com negócio feito deixou o interior e passou a residir na cidade.
O tempo passou e com dedicação, perseverança e muita vontade de trabalhar, conquistou clientes locais, também da região compreendendo Lacerdópolis, Joaçaba, Zortéa, Piratuba, Ipira e arredores. Para tanto, não tem folga e sim muito trabalho, sendo 12 horas dia, iniciando às sete da manhã. Ele tira o almoço como folga, porém, nem sempre consegue almoçar, pois a clientela também lhe procura neste horário e então volta ao moinho, pois fica ao lado da residência.
Para o Senhor Beviláqua, a prestação de serviços é igual diariamente, tira a casca do arroz e do milho, também quebra o milho e depois passa pela peneira onde vira farinha de fubá. É uma rotina, no entanto, ele gosta do que faz e sente satisfação neste empreendimento.
Beviláqua, aos 59 anos, tem muita disposição e não pensa em parar de prestar serviços, considerando um passatempo excelente, sempre dispõe de movimento e consegue satisfazer as exigências dos consumidores através de produtos de qualidade comprovada.
Enquanto em vários municípios e regiões os moinhos deixaram de ser útil para a economia local, no Ouro a moagem do milho, cuja farinha se confecciona a tradicional e gostosa broa de milho, ainda se deliciam com a polenta.
Para melhor informar, encontramos como fonte: http://www.loriga.de/cenarios.htm, sobre Moinhos de Loriga. Foram em grande número os moinhos hidráulicos que existiram, sendo os mais vulgares os de roda motriz horizontal - moinhos de rodízio. Em sua movimentação se procedia por uma grande roda no exterior, em todos os outros, a água era encaminhada para a parte inferior do moinho onde, em queda rápida, a mesma fazia rodar uma roda de penas ou penado e, esta por sua vez, através de um eixo, lobeto ou ligação, veio e argolas, fazia movimentar a mó da moagem situada na divisão superior.
Quase todos os moinhos estão em ruínas ou em adiantado estado de depreciação, conseqüência da evolução das sociedades e do desenvolvimento tecnológico, sobretudo, o aparecimento das moagens industriais, relegaram estes moinhos para segundo plano. No entanto, estes constituem um patrimônio que urge preservar, integrando-os no nosso quotidiano, fazendo deles não apenas peças de museu, mas realidades vivas.
Ouro é realmente a terra dos trigais, dos laranjais, do associativismo, onde nem os moinhos não foram relegados, e sim, são relíquias em funcionamento, gerando renda e qualidade de vida para os ourenses.
Beviláqua junto ao moinho da década de 1930.
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