Luiz Henrique da Silveira

Ao justificar seu voto favorável à cassação do governador Luiz Henrique da Silveira no processo que tramita no TSE ? Tribunal Superior Eleitoral ? o ministro Ari Pargendler destaca: ? toda essa mídia do estado de Santa Catarina, por meio de jornais, rádio, televisão e respectivas associações estiveram envolvidas nessa campanha. Na transcrição diz o seguinte: sem sombra de dúvida foi montado o maior aparato de comunicação já visto em Santa Catarina com um único fim, alavancar a candidatura a reeleição do então governador Luiz Henrique da Silveira, isso tudo a custa do erário? e ?... emitir no custo da publicidade institucional o preço da propaganda dissimulada em outros espaços ?

Em vista disso, as entidades que representam os veículos de comunicação de Santa Catarina ? ACAERT (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão), ADI (Associação dos Diários do Interior) e ADJORI/SC (Associação dos Jornais do Interior) vêm a público informar o seguinte à sociedade:

- Os veículos de comunicação do Estado atuam, incondicionalmente, comprometidos com a sua principal razão de existência: seu público (ouvinte, telespectador e leitor).

- A atuação dos veículos de comunicação é pautada pela ética, transparência e responsabilidade, seja nas áreas comercial ou jornalística.

- Este fato é incontestável na medida em que Santa Catarina se tornou exemplo em várias áreas, notadamente no Segmento da Comunicação, representada por entidades cada vez mais profissionais, que contam com a qualidade e talento dos seus veículos associados.  

- Não fosse de outra forma, as entidades não estariam preocupadas em incentivar ou produzir conteúdos jornalísticos isentos e responsáveis, principalmente em ano eleitoral, época em que os veículos observam com total rigor a legislação que orienta todo o processo eleitoral.

- Um exemplo disso foi o Seminário Eleições 2006, realizado em parceria com as três entidades no dia 23 de junho, em Florianópolis, com o objetivo de orientar jornalistas e radialistas sobre as restrições da legislação eleitoral.

- Portanto, o equilíbrio do material jornalístico é um preceito básico das redações de jornais e emissoras de tv e rádio de Santa Catarina.

- Desta forma, as três entidades repudiam veementemente toda e qualquer insinuação de tendência a favor de lideranças políticas, agremiações partidárias ou de interesses particulares.

- Qualquer argumentação contrária, portanto, trata-se não somente de um desrespeito ao cidadão, como também menosprezo ao poder de discernimento de milhares de leitores, ouvintes e telespectadores do que é uma notícia tendenciosa.

- Sobre o investimento governamental em mídia, as três entidades entendem que é uma obrigação do Estado e um direito do Cidadão, como prevê a Constituição Federal, dar conhecimento da destinação dos recursos públicos em obras e projetos das Administrações.

- Defendem ainda que os critérios de investimentos devam ser baseados em aspectos técnicos e profissionais, inviabilizando, com isso, política de comunicação personalista, autoritária e imoral.

- As três entidades destacam ainda que o investimento em mídia não baliza a atuação jornalística de jornais e emissoras de rádio e televisão. Os Governos Federal, Estaduais e Municipais sempre serão notícia, até mesmo pela sua dimensão social, independente do investimento publicitário nos veículos.

- As Associações concluem que o maior patrimônio das entidades e de seus veículos de comunicação associados é a credibilidade, que deve ser preservada a todo custo.

Florianópolis, 18 de fevereiro de 2008.

ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO - ACAERT

ASSOCIAÇÃO DOS DIÁRIOS DO INTERIOR DE SANTA CATARINA ? ADI/SC

ASSOCIAÇÃO DOS JORNAIS DO INTERIOR DE SANTA CATARINA ? ADJORI/SC