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Mantovani Vice-presidente da CNM

Mantovani Vice-presidente da CNM pede maior empenho do Governo Federal quanto às ações de socorro aos agricultores em decorrência da seca

 

       Alcides Mantovani ex-prefeito de Zortéa, ex-presidente da Fecam e ex-presidente da Amplasc, atual vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios, quanto à prolongada estiagem (a seca) é necessário fazer o levantamento onde as questões devem ser bastante claras, sendo um exemplo em Zortéa que algumas culturas não se perdeu tanto e outras foi grande a perda.

       Mantovani anteriormente se refere que a seca é muito ruim para os municípios e região, sendo de suma importância à elaboração de um planejamento, pois a cada dois a três anos de boa safra existe o problema da seca. É uma a questão cultural exigindo que os agricultores se previnam para o período, sendo preciso elaborar programas de investimentos no setor de agropecuária, fazendo trabalho preventivo, pois o curativo pode dificultar ainda mais as coisas. Não adianta lamentar a seca, e sim, devem prevenir com antecedência com mediadas cabíveis. É fundamental a irrigação a exemplo da região de Curitibanos, devendo os agricultores pensarem no sentido de evitar a perda e frustração da safra.

        Quanto à legislação no Brasil a lei é muito medíocre em se tratando da proteção do agricultor, principalmente levando em conta uma série de manifestação de seca. É uma necessidade o Governo Federal prevenir, facilitar e até mesmo criar fundo para tanto. A proposição da Confederação Nacional dos Municípios, já por dois anos, e por uma preposição de Mantovani quando Presidente da Fecam, ao então Governador Amin e também ao Presidente da República, foi encaminhado expediente para que se criasse um Fundo de Proteção para essas causas naturais (seca, vendavais, temporais) como forma de proteção.  Segundo Mantovani, esse socorro aos agricultores deve ter seriedade na declaração das perdas, pois à caso em que dizem ter uma perda de 100% da safra e no certo nem chegou a 20 ou 30%. Sendo um exemplo no estado do Rio Grande, em que o Governo do Estado fez um levantamento em que certas regiões deram 70 a 80% de perda e outras foram somente com 10%. Devem evitar o uso e abuso em acrescentarem dados inverídicos sobre o papel. A perda nos três estados do sul (PR ? SC e RS), principalmente em SC e RS, com ênfase ao Rio Grande do Sul e Oeste de Santa Catarina, em torno de 35 a 40%.

         Quanto à quantidade de poços artesianos perfurados em algumas regiões de forma desenfreada podendo ser considerado uma peneira sem projeção, acredita Mantovani que não influencia quanto a questão da prolongada estiagem (seca), sendo ela natural levando em conta que temos períodos de sua manifestação, inclusive disse que está com 48 anos de idade e já cansou de constatar ciclos natural de seca de dois em dois anos ou de três em três anos de seca na mesma proporção, sendo uma questão de cultura para que possamos nos prevenir. Quanto à questão da perfuração de poços artesiano não enxerga o prejuízo da seca, é claro que a prevenção pode ser feita com a construção de novos açudes, ação de proteção das águas, e ainda mencionou sobre a preocupação que os lagos (hidrelétricas) trariam muita chuva, está provado que não é assim, a natureza é a natureza por si própria.

        Conforme Mantovani, no corrente mês estiveram em Brasília participando da 8ª Marcha dos Prefeitos a Brasília em defesa dos municípios, quando conversaram com o ministro da agricultura Roberto Rodrigues, onde ele colocou os problemas sérios. Para Mantovani o problema sério do Brasil é o Ministério da Fazenda, devendo o Ministro da Fazenda e o Presidente Lula tomarem medidas políticas que venham atender os agricultores neste momento difícil para o produtor rural. O Ministro da Agricultura não tem um Orçamento de arrecadação própria para enfrentar essas dificuldades, dependendo de outros ministérios ou da Integração Nacional, ou até do Ministério da Fazenda e quem sabe do Ministro da Reforma Agrária. 

        No tocante a questão de liberação de recursos, devem resolver politicamente. Quanto à proteção ao agricultor, se por ventura mil reais resolvesse, até pode ajudar, mas não é o melhor sistema financeiro para ajuda-lo. O melhor caminho é o Presidente da República tomar decisões políticas fazer com que o Ministério da Agricultura tenha força para resolver os problemas.

        Quanto às medidas de socorro em virtude da seca, para Mantovani o Governo Lula está muito atrapalhado em diversos aspectos de desenvolvimento, dando pouca atenção para o Estado de Santa Catarina e não cumprindo o que havia prometido, inclusive o Governo do Estado tem muitos problemas que não foram resolvidos. Os municípios nos dois anos de Governo Lula não tiveram nenhum uma liberação espontânea de investimentos em nossa região; sendo que investimentos que tiveram na região e principalmente do Estado foram dos Municípios e do Estado. Lembrou Mantovani, o Governo Federal está devendo muito a Santa Catarina e nas suas posições políticas, não adiantando de nada só passear. Deve sim, criar um fundo com repasse de recursos, sendo decisões políticas que atendam os atingidos. Em Brasília o pensamento é o seguinte: mas trinta dias de seca no Sul do País dá tanto prejuízo, claro que a produção é muita alta, não igual ao nordeste em que a produção é menor, quem sabe com seis meses de seca o impacto não seja tão grande, mas por isso deve ser diferenciado.

       Na realidade algumas pessoas em Brasília não conhecem 30 dias de seca no sul e o estrago que causa, sendo muito falho no Governo Federal neste ponto de atendimento aos agricultores por não existir uma política nem agrícola e nem de proteção ao agricultor.

       Quanto à burocracia da União, o Ministro e o Presidente da República fazem seu discurso político, os burocratas vêm e complicam. Isto não está só acontecendo no caso da agricultura, enfim repercute sobre todos os projetos de interesse dos municípios. A burocracia Brasileira está muito grande e ela faz com que os técnicos façam a análise totalmente diferente por não conhecerem a realidade do que uma seca de 30 dias proporciona no Sul do País.              

                    

 

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