Presidente avalia Alesc Itinerante na Serra: foco em propostas de interesse da região |
Livro Joaçaba, Samba. E faz Escola.
Carnaval
O Projeto Joaçaba, Samba. E Faz Escola é uma iniciativa que visa resgatar, promover e projetar o carnaval, e segundo João Paulo ?o projeto é ambicioso e tem vários sub-projetos que deverão ser colocados em prática gradativamente. Eu já apresentei para a Liga o projeto, mas independente da oficialização dele por parte da entidade, nós, aqui na Vale Samba, estaremos desenvolvendo algumas ações que estão contempladas nele, e o primeiro produto resultante desse projeto é o livro Joaçaba, Samba. E Faz Escola, que será lançado após o carnaval, de autoria minha e do Jorge Zamoner, carnavalesco da escola. O livro, na verdade, não é histórico, e não trata-se de um livro sobre a Vale Samba, porém, terá um forte conteúdo de resgate da trajetória da cultura de carnaval em Joaçaba e Herval D`Oeste, e privilegiará alguns aspectos da história das nossas escolas, e muitos dos que participam dessa atividade nas escolas de samba terão surpresas?, ressalta o Diretor de Marketing da Vale Samba.
Sem entrar muito em detalhes do livro ?para não tirar o brilho do lançamento?, segundo ele, João Paulo revela que o conteúdo da obra privilegia os aspectos culturais e artísticos que fazem parte do contexto carnavalesco. O livro tem por base uma dissertação de Mestrado, na área de educação, que, por sinal, obteve conceito A, e grandes elogios da Banca, formada por três doutoras nas áreas de história, artes e educação. O livro, que será bilíngüe), terá encartado, em DvD, um mini documentário audiovisual, com resgate-resumo da evolução do carnaval, com destaque para Dona Maria dos Prazeres, uma mãe-de-santo que foi a primeira Porta-Bandeira da escola de samba Unidos do Herval.
O depoimento da mãe-de-santo serviu de orientação básica para a construção de um raciocínio lógico sobre a origem da cultura carnavalesca na região, e o seu elo com as referências históricas dessa cultura. Segundo João Paulo ?o caldeirão da cultura mística, preparado ainda no alvorecer do século 20, por legítimos representantes afro-recôncavos, e cuja essência era o batuque ancestral africano, fez respingar sua porção mágica nestas terras, sobrepondo-se, magistralmente, sobre as demais culturas, de forma a ganhar projeção, imprensada há poucos anos atrás, haja vista que hoje em Joaçaba a tradição de desfiles de escolas de samba está consolidada?.
Para o documentário que vai no Dvd encartado no livro, o autor criou um samba de enredo em homenagem à dona Maria dos Prazeres, com base em um trecho do seu longo depoimento, gravado há muitos anos atrás. Nesse trecho do depoimento, a mãe-de-santo falava sobre personagens e locais marcantes de Herval d`Oeste que foram importantes na manutenção, projeção e propagação do carnaval. ?Herval D`Oeste, como já era de se esperar, principalmente em função da Estrada de Ferro, teve papel fundamental na elaboração e projeção dessa cultura nessa região. Aliás, esse sempre foi o grande questionamento: como se ter carnaval de desfile de escola de samba numa região colonizada por italianos e alemães? A resposta, bem contextualizada, é encontrada no livro, e com certeza servirá de base para a fundamentação dessa lógica que, a princípio, era ilógica?, frisa João Paulo.
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