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Exercitar-se com felicidade

  • - Mario Eugenio Saturno

Artigo de Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Uma pesquisa, liderada por Michelle Segar, diretora do Centro de Investigação e de Políticas do Esporte da Universidade de Michigan, analisou o que faz as mulheres se sentirem felizes e bem sucedidas e como as suas expectativas e crenças sobre o exercício físico promovem ou prejudicam seu êxito.

O estudo "Rethinking exercise: Replace punishing workouts with movement that makes you happy" (Repensando o exercício: substituir os punitivos por movimentos que te fazem feliz) foi publicado no diário "BMC Public Health". A pesquisa abrangeu oito grupos de foco em mulheres brancas, negras e hispânicas, com idades entre 22 e 49 anos, que também foram categorizadas como altamente ativas ou pouco ativas.

Muitas mulheres começam programas "fitness" para perder peso e quando não perdem, sentem-se frustradas e param de exercitar-se. Então, meses mais tarde, elas fazem a mesma coisa, criando um círculo vicioso. Compreender o que realmente motiva as mulheres pode fazer uma enorme diferença em sua capacidade de incorporar com sucesso a atividade física na sua rotina diária e ainda com diversão fazendo isso.

Os resultados do estudo mostram que mulheres ativas e inativas relatam os mesmos ingredientes para se sentirem felizes e bem sucedidas: (1) conectando-se com os outros e ajudando-os a serem felizes e bem sucedidos. (2) Sentir-se relaxada e livre de pressões durante seu tempo de lazer. (3) Alcançar metas de tipos diferentes (desde compras de supermercado a objetivos de carreira).

O estudo também constatou que para as mulheres inativas, suas crenças e expectativas sobre o exercício físico realmente frustram as realizações que as fazem felizes e bem sucedidas: elas acreditam que exercício válido tem que ser intenso, no entanto, querem se sentir relaxadas durante seu tempo de lazer. Elas sentem-se pressionadas para se exercitarem por sua saúde ou para perder peso, mas mesmo assim, não querem sofrer nenhum tipo de pressão durante seu tempo de lazer. O sucesso vem de alcançar metas, mas suas expectativas sobre o quanto, onde e como elas devem se exercitar significa que não podem atingir essas metas.

A pesquisa mostra que conceitos populares como ter que se exercitar 30 minutos por dia não é necessariamente verdade e que essa visão pode prejudicar a motivação aos exercícios físicos da maioria das mulheres. Assim, é preciso reeducar as mulheres para que possam se sentir renovadas, em vez de esgotadas. E que entendam a mensagem de que qualquer atividade física é melhor do que nada. Para aumentar a motivação e tornarem-se mais ativas, é preciso ajudar as mulheres a desejarem fazer exercícios físicos, ao invés da estimular a sensação de obrigatoriedade.

A pesquisa conclui indicando alguns passos mais eficientes: reeducar as mulheres que o exercício pode e deve ser prazeroso.        Promover a atividade física como uma forma importante de se conectar com os outros. Reformular a atividade física como um veículo que ajuda as mulheres a se renovarem e ganharem energia para desempenharem melhor suas funções diárias e seus objetivos. E explicar que a atividade física pode ser feita de muitas formas e que considera todos os movimentos válidos.

 

 

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