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DIA DA MULHER
Mulheres iniciam comemorações e mobilização em Santa Catarina
Na semana alusiva ao Dia Internacional da Mulher, movimentos sociais, sindicatos e entidades iniciaram, nesta terça-feira 04, em Florianópolis, uma série de atividades comemorativas e manifestações. As agendas promovidas pelo Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e o Movimento das Mulheres Trabalhadoras Urbanas (MMTU) integram a Jornada de Lutas, que ocorre em todo o Brasil até o dia 8. A luta pela igualdade e a garantia dos direitos da mulher, no campo e na cidade, pautam as atividades.
Em Santa Catarina, as manifestações concentram-se em Florianópolis e têm o apoio da bancada do PT. Ao falar no horário do partido, na sessão ordinária desta terça-feira 4, na Assembléia Legislativa, o deputado estadual Pedro Uczai (PT) destacou o papel das mulheres organizadas em movimentos para a ampliação e consolidação destes direitos. O parlamentar defendeu a implementação de políticas públicas que assegurem a inclusão social das mulheres, argumentando que ?a construção de uma sociedade igualitária depende fundamentalmente do respeito à autonomia e à valorização das mulheres?.
Por isso, Uczai apresentou um requerimento o qual solicita que o governo do estado receba o movimento das mulheres para conversar sobre a pauta de reivindicações, apresentada ao Secretário Ivo Carminatti ainda em 8 de março de 2007, mas que até o momento não foi atendida. Várias tentativas em apresentar as reivindicações pessoalmente ao governador foram feitas em 2007, mas as reuniões previamente agendadas sempre foram canceladas de última hora. A última reunião entre as mulheres e o governo foi realizada no dia 29 de junho de 2007, mas o governo designou para participar do encontro um grupo técnico que não tinha conhecimento prévio da pauta e nada encaminhou. ?Queremos que o governador receba as mulheres e diga se vai atender a pauta ou não. O governador atende tantos setores da sociedade, e porque não conversa com as mulheres??, indagou Uczai. Segundo a coordenadora do MMC, Ivete Mendes, as principais reivindicações do movimento estão relacionadas à implementação de políticas públicas nas áreas agrícola, social, educação, saúde, habitação, trabalho e renda. ?Precisamos de políticas públicas que garantam o respeito e a valorização da mulher do campo e da cidade?, disse Ivete.
Programação
As atividades em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, em Santa Catarina, iniciaram nesta terça-feira com uma panfletagem no Terminal Urbano de Florianópolis, abordando um histórico sobre o 08 de Março e as principais reivindicações da categoria. No final da tarde, as mulheres fariam uma vigília em frente ao INSS para pedir a aceleração do processo de regulamentação das aposentadorias das donas de casa e a manutenção dos direitos previdenciários para as agricultoras camponesas.
Já na quarta-feira, dia 5, mulheres vindas de 10 regiões do estado se reuniram em frente ao INSS. Além da manifestação pública, elas entregaram uma carta com a pauta de reivindicação à superintendente do INSS, Eliane Schimitz. Logo após, as mulheres fizeram uma caminhada até o Hemosc, protestando contra a privatização do instituto e do Centro Oncológico. No início da tarde, o movimento vai até a frente do Centro Administrativo do governo do Estado, manifestar e tentar apresentar ao governador a mesma pauta de reivindicações não atendida em 2007.
Na quinta-feira 6, as mulheres se reuniram para fazer um estudo interno, com o resgate histórico do Dia 8 de Março e debater o que une a luta entre MMC e MMTU. À tarde, uma audiência pública promovida pela bancada do PT reuniu centenas de mulheres, no Tribunal de Justiça do Estado. Todos os secretários de Estado foram convidados para expor as ações do governo realizadas até o momento referentes à pauta apresentada no ano passado.
Nos dias 7 e 8, as mulheres camponesas retornam para fazer as discussões nas suas bases, sendo que algumas delas permanecem em Florianópolis para apoiar as mulheres urbanas nas panfletagens que serão realizadas nestes dias. Paralelamente às suas atividades, as mulheres ainda participarão de outras manifestações para prestar solidariedade às professoras e às servidoras públicas com relação às suas pautas. ?Queremos reivindicar a própria libertação da mulher, das relações de trabalho e de lazer. As desigualdades são muitas, e as mulheres ainda são muito oprimidas?, disse Rosani Nicodem, que integra a coordenação do Movimento das Mulheres Camponesas.
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